tag:blogger.com,1999:blog-66413631876655215932024-02-19T07:08:39.602-03:00Malandragem InquietaÀqueles que nada sabem da vida e aos que acham saber!Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.comBlogger334125tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-68265620028740396222017-08-23T06:22:00.002-03:002017-08-23T06:49:51.270-03:00Esperança Cética (Momentum)<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #184c01; color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 30px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; position: relative;">
*Republicado*</h3>
<div class="post-header" style="background-color: #184c01; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 12.88px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-8459214093314553031" itemprop="description articleBody" style="background-color: #184c01; line-height: 1.5; position: relative; width: 548px;">
<div class="separator" style="clear: both; color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4afl77357QIfPjMbRPL09zLvyQPXG-IYjR_n9gCEcV3uXrb-cJbw31DjkoGnqP1J7gzlf1a9-O8mv0e4dnfEJaNmWoLHs01I4j-BtvJTa5T0I5uBy1CwXUglyPYK6GtLDlciD-Q1rRs/s1600/Brazil_16thc_tupinamba.gif" imageanchor="1" style="color: #1cf411; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4afl77357QIfPjMbRPL09zLvyQPXG-IYjR_n9gCEcV3uXrb-cJbw31DjkoGnqP1J7gzlf1a9-O8mv0e4dnfEJaNmWoLHs01I4j-BtvJTa5T0I5uBy1CwXUglyPYK6GtLDlciD-Q1rRs/s320/Brazil_16thc_tupinamba.gif" style="background: rgb(255, 255, 255); border: none; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.5) 1px 1px 5px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b> Nossas preocupações se materializaram. Medo, dúvida, ignorância e rancor tomam de assalto os corações e mentes. Lembro que há uns meses, apreensivos, discorríamos cenário por cenário, apenas para assistirmos hoje, estupefatos, o desvelar da caixa de Pandora. Da besta fera então sentia -se o hálito podre, apenas.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b> Tudo que prevíamos estava errado; a realidade é uma maçante e dura barra de ferro, removendo todos nossos dentes a um golpe (e sem anestesia). Então tínhamos a impressão que os homens de bem se pareavam em honrada comunhão, baluartes da moral e do bem servir ao reino, grassando as praças e jardins com suas armaduras douradas. Os domingos nunca foram tão belos, as famílias nunca antes tão plenas. Hoje as máscaras caíram, e vemos duendes, anões, punguistas e impostores ameaçando a paz e a ordem em troca de alguns trocados.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b> Hoje os velhos não mais estão seguros em suas casas; o que impede de serem acossados como animais, ao romper da manhã? nem bem o galos incitam a mais uma jornada, os capitães do mato atiçam seus cães, sob aplausos ignaros da caravana cretina. Pois que é preciso trazer “a mudança”, alternância entre o velho e o novo, tal qual pêndulo invisível levando – nos adiante (para pouco depois nos devolver ao nosso devido lugar). Nisso Todos concordam, o que em si já serviria como sinal de alerta. Toda unanimidade é burra, e não sou eu quem o diz.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<o:p> <span style="font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: red;">*</span></span></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<o:p><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="color: red;"><br /></span></span></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<span style="font-family: inherit;"> <b>O alvoroço vem de cima. Criminosa queimada - fogueira de vaidades- e poderia soar como um grito de Prometeu revoltoso, mas não passa mesmo é de pura vilania. A agressão é urdida por travestidos tiranos trajando togas ou ternos. Em todas as cores, espectros (do azul ao vermelho) posam de heróis, por longe que passem disso. Nobres apenas de título, tais senhores, pastores, salivam de avidez e cobiça para retomar o rebanho o qual lhes foi tirado. Amalgamados monstros com cara de santos, mãos de rapina, garras de corvo, cauda de pavão.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<b><br /></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<b> Ouço ranger de dentes, passos no forro. Rezo a um Deus que dizem ser um meu patrício; nunca o vi, nunca consigo conversei. Está morto, é o que dizem. ainda assim, desconfiado, rezo. Rezo e espero pelo pior. É um modo pessimista de ver as coisas, todavia, racional. É esse o meu método, e você pode chama – lo esperança cética. Não faz diferença, pois só o que vejo e sinto é o que importa. O que é, não o que se fala. Eis que o que vejo não são mudanças; são variações de um mesmo tema. Um cabo de guerra onde os mais fracos relutam em se ajudar, mal acostumados em sua tenra subserviência... </b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<b> Lamentos ocorrem alhures e algures, sinceros, amiúde. Sim, existe uma crise. Uma crise de honestidade. Falta nos sermos honestos e admitir que enquanto não formos um pelo outro, seremos, para sempre, um contra o outro.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 13.524px;">*(Postado originalmente em </b><span style="color: #eeeeee; font-family: "georgia" , "utopia" , "palatino linotype" , "palatino" , serif;"><span style="font-size: 13.524px;"><b><a href="http://esascetica.blogspot.com.br/" target="_blank">esascetica.blogspot.com.br </a>a 20/03/16)</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: "georgia" , "utopia" , "palatino linotype" , "palatino" , serif;"><span style="font-size: 13.524px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: "georgia" , "utopia" , "palatino linotype" , "palatino" , serif;"><span style="font-size: 13.524px;"><b><br /></b></span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-16993035675056920652014-12-05T09:19:00.002-02:002014-12-05T09:40:52.491-02:00A vida irrita a arte<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong3517602621" name="gsSong3517602621" style="clear: right; float: right;" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=35176026&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="250" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=35176026&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Radiohead%20Fitter%20Happier" title="Fitter Happier by Radiohead on Grooveshark">Fitter Happier by Radiohead on Grooveshark</a></span></object></object>
<br />
<blockquote>
<blockquote>
</blockquote>
</blockquote>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"> </span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<a href="http://aprendendosobreouniverso.blogspot.com.br/2013/12/sagittarius-b2-nuvem-de-alcool.html" target="_blank"><img alt="http://aprendendosobreouniverso.blogspot.com.br/2013/12/sagittarius-b2-nuvem-de-alcool.html" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXgavn3HtWy8iSBdpstV82Xd0Y_YiAYGIwgI3D4elB185gwnC_lJ7Cydg59xtRoaWK4jTapwu2JtB891sd4Wq-hE2jx7nB9POhGaLdPbT9gM7HZfXjfJ2UNmHYnS4ULf5nlh6gQK7kmnE/s1600/Nuvem-Sagittarius-B2.png" /></a><br />
<h3>
<i><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro", disse o homem cujo whisky era seu melhor amigo </span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;"><br /></span></span></i></h3>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;">
</span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"> No começo há dor como numa gastrite. Arde um pouco, incomoda mas a gente acaba se acostumando. Só que a coisa vai c</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">rescendo, crescendo,</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"> florescendo, como um câncer. Engraçado! A vida é como um câncer que nos mata de tanto crescer. Morremos de tanto viver. Maldita vida, tão bela e miserável, </span></b></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b> tão cheia de vida e tão apontada pra morte, seu último e único alvo, que impressiona acabar assim, de repente. Não, mais que de repente. E é por isso que bebo.</b></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b><i><br /></i></b></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i><span style="font-size: large;">***</span></i></b></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"> Bebo a vida pra engoli - la tal qual um dia a terra há de fazer comigo. Dia em que enfim serei útil e me hei de tornar adubo, esterco, merda que é a vida, quente e úmida. Prenhe de tudo que é sujo e belo, do que foi e do que há de ser. Hidrôgenio, carbono, nitrato, a vida que abunda em tudo e vem de eras infinitas, das entranhas das estrelas, do cosmo, feitas de luz e bosta. Em tudo há os mesmos elementos, esculpidos a bósson de higgs e magia, ignorância nossa que acreditamos em </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">tudo que nos dizem as religiões, os jornais e o Discovery Chanel. Maldito seja Darwin. </span></b></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"> E é por isso que eu fumo. Pra trazer na boca o gosto de cinza e pó do que somos na realidade, aspirar a divindade indivisível que a tudo circ</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">unda e alimentar minha cálida, digo, morna, vida, digo, Câncer. Trago a trago, dia após dia, maldito seja o calendário gregoriano e seus meses intermináveis.</span></b></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"> Maldito seja o cristianismo, maldita a 7x7, esse 3x 4 da minha insatisfação proletária e madura, que me estampa ao rosto a mácula do quando e onde nasci, maldita minha insatisfação pueril de a tudo imputar uma culpa pra além de meus atos e aspirações. Maldito seja o homem e maldita a mulher, maldito tudo que nos congrega </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">enquanto degredados filhos de uma velha cadela. </span></b></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;"><br /></span></b></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">Maldita seja a </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">cadeia alimentar onde estamos abaixo apenas dos vermes. Maldita arte de reclamar de tudo e de acordar no dia seguinte, ressaca nebulosa, querendo ain</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: x-small;">da mais e mais. Por fim, maldita folha em branco onde dessangro e disfarço tudo que não me pertence, e por isso devolvo a quem interessar possa. Maldito seja o dia em que folha em branco deixei de ser, para ser apenas um borrão derramado sobre o espaço prometido, palestina de papel.</span></b></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"> </span> <i><b><u>Como no princípio, agora e sempre.</u></b></i><br />
<i><b><u><br /></u></b></i>
<i><b><u><br /></u></b></i>
<i><b><u><br /></u></b></i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-30582619781855165652014-10-10T10:07:00.005-03:002014-10-10T10:12:15.464-03:00Salto de fé (Zero - nove barra dez)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_PQwyysR-VDNRMtZyCNRdFCTXSOMJZZObmF0GXi8DNiVwWlIHlYGmVLAdeoPsACPn28GDnp8DWuy4ux6HD_NsGfiUSXTNuLw-j7QK3IluOIk0VlmfsyVpvZwQjk5SJ2pbtHwVFG6nLAJH/s1600/032.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_PQwyysR-VDNRMtZyCNRdFCTXSOMJZZObmF0GXi8DNiVwWlIHlYGmVLAdeoPsACPn28GDnp8DWuy4ux6HD_NsGfiUSXTNuLw-j7QK3IluOIk0VlmfsyVpvZwQjk5SJ2pbtHwVFG6nLAJH/s1600/032.jpg" height="207" width="320" /></a></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<span style="background-color: white; color: #222222;"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"> -</span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><i> V</i></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">ocê parece triste - disse ela com ar sereno porém solene.</span></b></span><br />
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Estou sempre triste - respondeu com o olhar vazio de quem traz o mundo nas costas e o coração na garganta. Nas mãos fiava um rosário das conchas de Dona Janaína. Trazia ao pescoço um colar de algas, umas mais finas, outras mais grossas. Todas mortas como ele só.</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Longe as gaivotas cavalgavam destrambelhadamente o rosa baço do céu. Feito marinheiros bêbados, suingavam maneiras e aparvalhadas nos veios do vento. Sempre venta muito em Vitória nessa época do ano.</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Mirando as pedras do assoalho, resignado e por fim em paz estava o velho palhaço. A barriga inchada e os pés muito largos afastados em "dez pras duas". Há tempos não sabia o que era fazer sorrir, mas dele achou graça a Rainha das águas. Era no intervalo do buzinar incessante que vinha do carro parado alguns metros para lá que se dava a arrastada conversação:</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> -Você costumava ser tão vibrante, tão mais votivo. O que passa, filho?</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">-São os dias, se ajuntando em meus bolsos como grãos secos da areia. Cada um é cada qual. Ainda assim parecem tão iguais... Só sei que se amontoam sem mais e me pesam, me pesam... </span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Trazia de fato um semblante esgotado. Nele, as linhas de expressão desenhavam histórias e mais histórias, arredias lembranças, quem sabe nem tão doces quanto agora rememorava. Ainda assim guardavam todas sua delícia e/ou revés, como não podia deixar de ser.</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Acima deles a ponte jazia na estagnada resiliência de sempre. Luzes pulsavam um ritmo monótono, entrecortado de estática e maresia - movimento cotidiano daqueles planaltos, a bem da verdade. Já quase ninguém repara tal espetáculo. Tomando Iemanjá pela mão, os olhos do moço brilham escuros e opacos enquanto lhe afaga a face a Deusa. </span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> -Muito obrigado por tudo que me trouxeste. Por tudo que hoje me habita e por tudo que ora virá. Sou feliz por te encontrar. De fato, sou feliz porque você existe.</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tocada ante tanta entrega, tanta desídia, sua pele morena chega a arrepiar quando responde c'a voz embargada de orgulho e sal:</span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-size: small;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">-Não por isso, meu Narciso. Não por isso. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-31120742344698660582014-10-01T18:25:00.001-03:002014-10-06T19:40:45.216-03:00Cada qual em sua mesa, em uma péssima escrita.<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxYW_cU2OvzNDGu7n9g_BePpDpXR1D4g6GWDE1gBNlCrV3m0PE9KtaZuYPElcmR6wav79HgGf2YCZ1vggqkexAJeA-Ract2IQodQ2k4FWB7trqwJZ6nvAAw8tBa-W18Rnfqqr39ZLqavo/s1600/tumblr_ls4rk9aW1y1qduqk4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxYW_cU2OvzNDGu7n9g_BePpDpXR1D4g6GWDE1gBNlCrV3m0PE9KtaZuYPElcmR6wav79HgGf2YCZ1vggqkexAJeA-Ract2IQodQ2k4FWB7trqwJZ6nvAAw8tBa-W18Rnfqqr39ZLqavo/s1600/tumblr_ls4rk9aW1y1qduqk4.jpg" height="221" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<i>"remova seu produto, por favor"</i></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Essa história de
sensível sentimental é conversa fiada, esbravejou Alcides.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Me conta uma
história boa, esbravejou Arlindo.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Você tem história,
esbravejou Abel.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Só sobre você,
esbravejou Beatriz.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Não te dei mole,
ressaltou Beatriz.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Abel coloca sua
pança rígida para fora dos botões quase quebrados, diz pra escutar
a melodia da paródia insana que está por trás das cortinas. Ele
situa seus medos nos lugares certos. Abel carrega culpa, entre outras
coisas, pela barriga, cerne da bagagem que carrega de bons e maus
tempos. Abel está solto quando seus botões estão despregados,
obrigar Abel a sentir completude seria impossível, não há
congruência. São sensações divergentes, abarcadas em valas sem
significância alguma pra ninguém. Abel se cala.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ver o sol entrar ali
me causa asco, quase soletra Beatriz.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Abel resmunga por
dentro, inalterada face, assim como jogadores de poker. Não alcanço,
não adianta, resmunga Abel.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A pessoa mais
interessante do mundo se tornou meu próprio umbigo,</div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todos da mesa
disseram ao mesmo tempo.<br />
<br />
</div>
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-70455756279877140702014-09-21T23:31:00.000-03:002017-01-04T22:38:31.292-02:00Cônscio<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj12dD7l961jrVvzmGN4GbCmVOhz0Z40sM6uBG2eGfxm_5pa4K8De2NQHbpaw2sf9akV3F0bKLwsylp4ybzmxmGrY4G5brkFtXzb8CXu4mK1QDGKueNAZql22KXshad-XfGw-rV93prssA/s1600/Terpsichore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj12dD7l961jrVvzmGN4GbCmVOhz0Z40sM6uBG2eGfxm_5pa4K8De2NQHbpaw2sf9akV3F0bKLwsylp4ybzmxmGrY4G5brkFtXzb8CXu4mK1QDGKueNAZql22KXshad-XfGw-rV93prssA/s1600/Terpsichore.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Terpsichore - Jean-Marc Nattier</td></tr>
</tbody></table>
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong319399620" name="gsSong319399620" width="250"><param name="movie" value="https://grooveshark.com/songWidget.swf"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=31939962&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="250" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=31939962&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Regina%20Spektor%20Loveology" title="Loveology by Regina Spektor on Grooveshark">Loveology by Regina Spektor on Grooveshark</a></span></object></object><br />
<br />
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<i>Apesar de você</i>.</div>
<div align="justify">
<br />
Nessa história de tentar ser feliz, o coração bate por sorte. Sofre um bocado na mão do destino que sempre deixa crescer as unhas para nos cutucar as feridas. O meu, coitado, no mais breve e desventurado instante se viu escolhendo a cor do esmalte.</div>
<div align="justify">
Saudade, errei o teu nome pelo dela! Aquela nostálgica e avessa a rotina, que me enruga a testa no inesperado e que me amolece os ombros no fracasso. Tem o medo amordaçado no porão e a liberdade no quintal, lá fora. Ela é Midas que toca na alma, o abraço seguro no pior dos tropeços, o gole mais ébrio do dia maçante, o riso mais frouxo no mais tenso dos momentos. É piada sem barreiras morais, desespero que alcança socorro, é convite para noites das quais o gozo tem mais gosto de gozo.</div>
<div align="justify">
Ela é a segurança de um sono profundo, meu passo que não olha pro chão, o tempo que nos espia da janela e atrasa os segundos, é vilã e heroína de um filme que não sai de cartaz no meu peito.<br />
Aquilo que se esquece não precisou existir. E assim você vai existindo. Pelo meu último suspiro, pelo sorriso guardado para um retorno<i> </i>teu. </div>
<div align="justify">
<br />
<i>Ao pesar de você.</i></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-67458427673310980092014-07-07T21:00:00.000-03:002020-03-26T20:01:19.415-03:00Niilismo Miguxo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf39Uk4oJj5bIt46ZNkBINPApQKcBkFxkSbD03uIwPtteyQTQt2iZrtgYEBRt_JbDkgb2wxLYDurIM21DugHYNDDvq4k7ce8pPJPr2Chh2R0hRv2xqNccerYSu__nsOXgRtHyErCEZIyQ/s1600/Branco+sobre+branco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf39Uk4oJj5bIt46ZNkBINPApQKcBkFxkSbD03uIwPtteyQTQt2iZrtgYEBRt_JbDkgb2wxLYDurIM21DugHYNDDvq4k7ce8pPJPr2Chh2R0hRv2xqNccerYSu__nsOXgRtHyErCEZIyQ/s1600/Branco+sobre+branco.jpg" width="308" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quadrado branco sobre fundo branco - <span dir="auto">Kazimir Malevich</span></td></tr>
</tbody></table>
<i></i><br />
<i>Viva a falta de sentido na busca do sentido (Woody Allen)</i><br />
<br />
Tudo é revogado em nome do <i>porquê?</i>. O fato, de não se saber, talvez seja a resposta - <i>Não sei.</i><br />
O vazio da existência assusta. Escondemos o medo da autoconsciência em filosofias, ciências, religiões... (aspartame para o gosto amargo na boca). Criamos nossos próprios sentidos à beira da loucura - loucura essa dentro de uma abstração; inexistente, pois seu limiar está dentro de uma convenção tão rasa quanto a própria sanidade.<br />
O amor é sublimado como a resposta cabal ao inimigo invisível, o irremediável. Amor de um verbo não defectivo, conjugado em todos os tempos e modos, é reinvenção romanesca (amor do amor), mas com o porém da sua finitude - Eu te <i>amei</i>!<br />
A morte, dona do último bocado e dos calçados virados, é o nada contemplado da gelada varanda. É que toda a diferença já feita na história da humanidade tropeça nesse abismo: a conclusão - <i>o tempo brinca pouco no cosmos quando a morte é mãe.</i><br />
Inconscientemente sábios, os mais parvos constroem universos com uma mão nas costas. E os que excedem - limitando-se além - se esquecem em suas próprias alquimias.<br />
Abnegamos a percepção de estarmos sós - acalantar-se no colo da semelhança - para agradecer a um mito todos os dias por termos uma vida menos medíocre que a do vizinho.<br />
Em virtude desta nossa individualidade coletiva, somos inimigos de nós mesmos. E a evolução no conflito não ocorre, pois a erística sobeja.<br />
<br />
<i>A ordem é a roupa escolhida pelo caos para sair</i>.<br />
<i></i><br />
<i></i><br />Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-53384306360161917632014-07-07T17:55:00.000-03:002014-07-07T18:51:34.787-03:00Sombra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqCM62tlcCuc7VipZ3nyLeg7CKtl-ceClRWqLkpEj1Jj8ehTsviSo5inln7sPj3WfPXO6aZb36B8_wf5K6JspEJOV9f1F8mdfY7-Q0xdwWPyr1DRFc99QRLHmt47zGBme4GRw1xztzf-Q/s1600/-%7BBCDB8465-A1C1-41B3-92BF-5182C9171EAB%7D_milhazes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqCM62tlcCuc7VipZ3nyLeg7CKtl-ceClRWqLkpEj1Jj8ehTsviSo5inln7sPj3WfPXO6aZb36B8_wf5K6JspEJOV9f1F8mdfY7-Q0xdwWPyr1DRFc99QRLHmt47zGBme4GRw1xztzf-Q/s1600/-%7BBCDB8465-A1C1-41B3-92BF-5182C9171EAB%7D_milhazes.jpg" height="205" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Quem é você que
pousou por um instante aqui, como uma alma sombreando um lugar
esquecido, pouco habitado depois da morte daquela senhora, eivado de
injúrias e tratados sem conclusão. Eis que os dentes brancos,
apesar do cigarro, não perdem o poder de atrair, estavam todos eles
unidos e bem calcificados, mas será, assim como esta copa do mundo
no Brasil, um misto de sentimentos e uma onda metafísica que não
consigo deixar de gostar, ao ver todos aqueles dentes, que formam uma
bela arcada dentária, quando se postou, após o abrir das cortinas,
não consegui, apenas me rendi.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todo o movimento
bêbado daquela menina, não entendia o possível significado
maltratado da vida em um flerte, não poderia crer que aqueles olhos
seriam muito mais vivos do que pareciam. Tendo em vista todo o
conluio mundial em torno de coisas fúteis, não acreditava que
poderia discorrer sobre a vida com aquele sorriso, imóvel, enquanto
a boca se movimenta.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mas como tudo é
descontinuo, tudo é admirável mundo novo, por tudo, não consigo
agitar para explodir em algum lar verdadeiro e harmônico, este é o
tempo que não desejo conceber por você, indago o valor social, o
que lhe faz vivo, e não estará por entre essas frestas por onde
vejo seu âmago entreolhar-me em claustrofóbico aperto; mas passa,
passa rápido… e eu não saberei quem é você em um próximo
passo, eu passo. Com amargo deixado, não passa de uma sombra.<br />
<br /></div>
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-52822787449084417202014-06-18T10:24:00.001-03:002014-06-18T10:24:09.496-03:00Pemba<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgaF5uFDljY_SfE63i8aFGzTOePNZ9X39l0jwpC8V7pslNQXMa7wqoyDRN9_kcSwcICvlaTXSonLecobQ4z8pqvUix4RpMDFoYzy9N82c6ON3ZJEBgbbR9f67yej6Gb35sFtuYsTnjowXr/s1600/roque.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgaF5uFDljY_SfE63i8aFGzTOePNZ9X39l0jwpC8V7pslNQXMa7wqoyDRN9_kcSwcICvlaTXSonLecobQ4z8pqvUix4RpMDFoYzy9N82c6ON3ZJEBgbbR9f67yej6Gb35sFtuYsTnjowXr/s1600/roque.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
O poeta pega o fogo ca mão firme de quem mexe num vespeiro. Bota toda a fé na dúvida. <br />
Diante de si, duas velas. O fogo na mão, toca: uma pra Deus, outra pro Diabo. Quanto vento aguenta essa vela, quanta tensão!?<br />
<br />
<br />
Quanto ardor cabe num peito onde vagueiam mil amores amiúde, vadios amores a granel? Aqui não cabem senão sentimentos (ainda que mal idenificados, em suja essência). O ceticismo é bom companheiro do coração vazio.<br />
<br />
<br />
Que urre, brade, brahme. Solte as amarras do Self. Vibre, vire, goze. Até o verme ama. Não se culpe, não há desculpa nem há proteção. Mas principalmente, <b><i>nunca</i></b> é alto o preço.<br />
<br />
<br />
<br />
Se mente, o poeta? Mente, deveras, que sente. Mas há mentiras táo belas que juro por deus, quisera, verdade fossem.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b> * * *</b><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">"Eis que sou um buscador</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">daquilo que em mim se encerra</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Morro lento, quando, em terra</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">mais fundo a raiz me alcança, meu amor</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pois que sou um buscador</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">de tudo quanto já tenho</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se mais se me aperta o cenho</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">é a força, a Nau que treme em teu derradeiro apreço, estertor."</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<b> * * *</b><b></b><br />
<br />
<br />
<br />
O poeta pena, ácido em sua doçura, mais belo em sua amargura (qual fosse um sabiá) e a todos que toca fere. Tudo que toca, inflama. Incha. Expurga. Vive de inspiração, que assim é feita a poesia.<br />
<br />
De fora pra dentro.<br />
<br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-29361050650204050962014-06-02T02:58:00.002-03:002014-06-02T23:27:00.303-03:00Os motivos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1K1VdaFWdBzE46w0Wza9V3O8LX7HDwRY01OK1E91FcXclOn7CgkHtG3VU0KbE-zlp7CK9ObFK2kGMk7heQQ7bPD3YkdiAK5AtF1xtMyVu1PaKqwQZsK84nSqpzHcDpZR1mHFLY9j09YA/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1K1VdaFWdBzE46w0Wza9V3O8LX7HDwRY01OK1E91FcXclOn7CgkHtG3VU0KbE-zlp7CK9ObFK2kGMk7heQQ7bPD3YkdiAK5AtF1xtMyVu1PaKqwQZsK84nSqpzHcDpZR1mHFLY9j09YA/s1600/images.jpg" height="320" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; line-height: 16px; text-align: start;">Como essas fontes um dia jorraram? - vocês não entenderam jamais.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<h4 style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
.</h4>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Como essas fontes
que um dia jorraram? não entenderam jamais. O asco do muco sujo, de
canto da boca; mais forte que o ódio dos homofóbicos, mais tolo que
os amantes misóginos, mais sínico que a relação empregado e
empregador, mais inflamado que o meu dente ciso. Eis que tal forças
mórbidas concentradas não mensuram o que foi sentido, não projetam
mais meu tempo em escrita-vício, talvez por não acreditar em maturidade, talvez por
tristeza ter aplacado a melancolia, talvez ter a vida em tons pastéis
por tempo indeterminado contornaram esses momentos, talvez por
escrever sem mostrar nada novo, que seja uma raiva nova. “Enquanto
estava defecando, pensei que por meio desta carta singela, pudesse
musicar meus sentimentos em seus pensamentos vagos, com letras
suavemente borradas, sublinhadas, Amor.” É, poeta… tragado mais
uma vez por sentenças pobres e palavras opacas.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A mesma, sempre a
mesma variante de opressor e oprimido, isto se repete, por isso, e só
por isso, por saber que um dia esses desejos serão vividos, e com
prazer serão cumpridos, em um ambiente totalitário, estamos vivos. Por toda essa irritação<span style="line-height: 100%;"> em tons pastéis, eu me repito mais uma vez, mais uma vez me
repito, Amor. Eu entendo, tudo isso é simbólico, toda motivação é
caótica e incontrolável; como sua vontade de cozinhar para alguém,
como sua sede por ver sorriso e por isso fazer piada, como jogar
videogame, buscar música, como pintar quadros, ouvir música, como
fumar e enquanto conversa com os amigos, como viajar para arraial,
como dirigir em estrada; como ler e ver coisas belas ou sujas, mas
verdadeiras. É motivo, como tudo nesta vida, como dizia Roberto
Freire, sem tesão não há solução.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O bem adaptado
cidadão, o que escreve sem razão, o que escreve pois será pago ou
será metido, a transcrição comovida pelo nada; fome de viver
curada com culpa. Enquadrado.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
No oposto disto, vem
o malandro inquieto. Sempre inquieto, ele é o alvo carregado de
pesos dos acontecimentos. Acabou a alegria, mas dar-se inicio
motivado, do combate ao gozo por viver.
</div>
<span style="line-height: 100%;">Ele sempre tira um sarro. Ele é jovem.</span><br />
<span style="line-height: 100%;"><br /></span>Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-51661609609776160982014-04-16T13:22:00.000-03:002014-04-16T13:58:36.817-03:00Idílico e racional<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDYnOo2mFa-BMTKMdFHfgYrYjpij8vO4J8JBro2Vum7G9f0NegKD2IrH-AX608GyR4XgvIDzJa-lzjXVR4aWRva2P-s2goQ8b6_hrctm7ELiLCiEOTG_Y2o-DN5xOdEMa23RJgaiolX81/s1600/tumblr_lyoucnzuld1r5z0wko1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZDYnOo2mFa-BMTKMdFHfgYrYjpij8vO4J8JBro2Vum7G9f0NegKD2IrH-AX608GyR4XgvIDzJa-lzjXVR4aWRva2P-s2goQ8b6_hrctm7ELiLCiEOTG_Y2o-DN5xOdEMa23RJgaiolX81/s1600/tumblr_lyoucnzuld1r5z0wko1_1280.jpg" height="400" width="261" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><i>"E o dos sentimentos os alimentam"</i></b></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"> <b>As vezes,
fechando meus olhos, não creio que possa de novo abri – los. Não vejo senão
escuridão, quando c`olhar voltado pra dentro. Tornei – me incapaz de enxergar
sem holofotes, inepto que estou em conceber imagens. E a culpa, mais uma vez,
não é minha. Meu mundo me faz como sou.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> Não detenho
de meios de criar metáforas; meu peito é improdutivo latifúndio de qualquer
abstração possível e imaginável A culpa, desconfio com a exatidão clínica dum
Descartes, é do mundo lá fora. 97% de certeza – pois que uma certeza absoluta
seria por demais arrogante.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start;">
<span style="text-align: center;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: start;">
<span style="text-align: center;"> <span style="font-size: large; font-weight: bold;">* * *</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> Noite
densa. Nit, essa matéria primordial e escura, medo quase palpável. Cerva viva a
limitar nossos ancestrais mais primevos, ainda é memória fresca, aviso claro às
crianças que enxergam naquilo que não podem ver motivo de desespero. Dor pré-concebida, onde só a dor se pode gerar. Lar de toda obscuridade, fé naquilo que se sabe perdido. Carecem dum auxílio que lhes venha num facho de luz qualquer. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> Assim sendo, o
sentido da visão acabou sendo ao homem s</b></span><b>ábio tal e qual uma muleta a nos enfraquecer os
demais. O homem urbanóide não encontra mais uso ao olfato, paladar, ou, mais grave, tato.Enxerga apenas e crê cego no que vê, passivo a ponto de não saber
olhar, quando de olhos fechados.Se não lhes vem prontas, montadas, as imagens
não lhes brotam de lugar algum. Inverbalizado, não sai de dentro. Não pode
colher o imaginário mágico contido na palavra, meio, fim e definição em si mesma.</b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> </b></span><br />
<span lang="PT-BR"><b>Mas são
felizes e cantam e dançam, s</b></span><b>ábios e tolos indistintamente, e de suas cavernas (embora já longe da pré –
história) não adivinham haver qualquer dano. Não que de fato haja. Assim vivem prenhes do que é raso,
razoavelmente todos iguais. Como se pudessem de fato se – lo.</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b> Os que
vivemos resguardados no calor das luzes artificiais, perdemos com o tempo a
noção de quão escura e solene é a aterradora beleza da noite. E o quão pequenos somos ante nossas própria</b> </span><b><i>impotência</i> e <i>ignorância.</i></b><i> </i></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<span lang="PT-BR"><i><b><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"> "O
sentimento é abstrato, substrato da palavra. A palavra, concreto armado.
Matéria prima de toda poesia."</span></b></i></span><br />
<span lang="PT-BR"><i><b><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><br /></span></b></i></span>
<span lang="PT-BR"><i><b><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><br /></span></b></i></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-65764533819998659402014-04-01T14:52:00.002-03:002014-04-08T01:53:29.140-03:00Carta pára.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU1PhV0JV2zOxjZM-i9BObRBS7bqK_iWjDXWvjUY-xj2UrN4xiVCdVI_dE1PnZjOo-JJANMtYeXzN7ZUDEG2tLkyFYiXgayQeIuzcqOefIb7WSmWFfaeY-_5_PvaRhywlAF-4drmQQCT0/s1600/LUTO4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU1PhV0JV2zOxjZM-i9BObRBS7bqK_iWjDXWvjUY-xj2UrN4xiVCdVI_dE1PnZjOo-JJANMtYeXzN7ZUDEG2tLkyFYiXgayQeIuzcqOefIb7WSmWFfaeY-_5_PvaRhywlAF-4drmQQCT0/s1600/LUTO4.jpg" height="140" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Títulos e afirmações lhe parecem peculiar, não te entendo
quando foges aos objetivos simples, também não entendo quando precisas disso para auto
estimar. Quanto ao passado, também não entendo. Não entendo o frenesi que traz você
até aqui. Não compreendo o porquê de ser assim, assim como não prezo pela forma
tacanha que se refere a mim. Sabes que
não me conheces a ponto de ser meu amigo, sabes que é apenas um parente quase consanguíneo,
por que finges gostar ou desgostar? Talvez prefira viver assim, preso, ancorado
ao fundo insólito das conveniências, tão comum quanto o ar. <o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Apenas palavras, essas eu retornarei em breve.
Quando está humilde, sensação de ser humilde, essa sempre parece ser tão enfadonha. Apesar
de velho, quero o mundo encalhado na palma do celular, nunca precisarei sair
daqui, nunca nessa vida. Este é o meu significado, apesar de viver na bolha que
eu mesmo construí; longe disto, quero ainda uma nova ditadura, uma nova
ditadura militar, daquelas que eu teria que me orgulhar, pois não penso, não
vivo e não escrevo nada. Sou velho, e este é o meu último pedido.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-50593476780223950342014-02-10T03:46:00.003-02:002014-02-10T16:55:06.695-02:00Tempo nos amores vagam.<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl6Dl0Ega6CDry3HoACFFq1b0FAfBv3VdS0eQOFXCpHX48AHGy1f1g5d_-EXrzHnSKqKCTLTbrctd_Pq8gz8iPvhtm6ku4ffIs97p3AlYy8ohCbnvKZQtrI0hsJK7nyB4Zj1eUppbMp8E/s1600/quadro1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl6Dl0Ega6CDry3HoACFFq1b0FAfBv3VdS0eQOFXCpHX48AHGy1f1g5d_-EXrzHnSKqKCTLTbrctd_Pq8gz8iPvhtm6ku4ffIs97p3AlYy8ohCbnvKZQtrI0hsJK7nyB4Zj1eUppbMp8E/s1600/quadro1.jpg" height="219" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando Zé encontrou Maria o mundo já não era tão simples, a
ordem não estava sobre a mesa e as informações eram tantas que a menção em
refletir era apenas um momento de escapar. Quanto custa estar ao seu lado,
pensa Zé; o amargo dissabor de flutuar sob holofotes das diferenças e
contrastes que os padrões podem causar. O músculo que rompe essa condição é o
mesmo que o torna motivado a tentar e testar. Zé, por vezes pego pela agonia das perdas de outrora, envolvido pelo gozo da perspectiva, a espera paciente e ingênua
da pulsante energia insurgente em suas letras, encontra o que nelas refletem o
nirvana, ressurgindo no bem estar de viver. Tomaria várias cervejas com você,
pensa Zé. Tão simples quanto o nome de ambos, paradoxal ao universo que
habitam, eis que emerge o natural e inequívoco sentimento, ambíguo como bem e mal (Nietzsche) tomando posse do homem: Amor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> .......................</o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Passaram-se tempos</i></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
- Quando me descobri magro, me descobri opaco, com suas formas
perdidas, seus voos desastres. Antes de começar a me repetir, começo a me
iniciar no pleonasmo, como prova de meu amor por você, como tal clichê. Quando
me via em ti, pedia o chão, pois o que mais queria era ter o reinicio
constante desta torpe paixão. Nos momentos sitiados pela incerteza, vislumbro o
porto seguro do seu coração; mas o gozo chegou ao fim. Inicio minha casa, eterno
recomeço, todos os caminhos dão no almoço e jantar; ao acordar, ao estudar e labutar.
Torto sentido de estar, tosco modo de estarem, todos partindo daqui, todos com
custo de vida, todos com peso do mar, todos perdidos sobre morte, todos revisam
a parcela da dor e pulsam regendo o pavio aceso a queimar.<br />
<br />
<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-57010481363279718032014-02-03T10:37:00.000-02:002014-02-04T00:32:11.303-02:00Paralelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong2134239640" name="gsSong2134239640" style="clear: right; float: right;" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=21342396&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="250" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=21342396&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Jeff%20Buckley%20The%20Man%20That%20Got%20Away" title="The Man That Got Away by Jeff Buckley on Grooveshark">The Man That Got Away by Jeff Buckley on Grooveshark</a></span></object></object></div>
<br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOrYke304zBjniqipz7_flikMON-_cpqDTBKYrnJkuIW_Ac-Q1oB5hJ3uvvOWoehP9vlFEapBtU_-d5shvkoUKEcMDAaB60rW0-3Q2lf-d604j2NTyrN3OfkJ2nSSdEkIX1N0I0egb9FcJ/s1600/Edward_Hopper-Nighthawks-1942.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOrYke304zBjniqipz7_flikMON-_cpqDTBKYrnJkuIW_Ac-Q1oB5hJ3uvvOWoehP9vlFEapBtU_-d5shvkoUKEcMDAaB60rW0-3Q2lf-d604j2NTyrN3OfkJ2nSSdEkIX1N0I0egb9FcJ/s1600/Edward_Hopper-Nighthawks-1942.jpg" height="218" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
<div>
</div>
<div>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Então você fala em reciprocidade?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Absolutamente. As pessoas não são iguais, ponto pacífico.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Mas todo homem nasce livre...</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Todo homem nasce preso a um Estado e a um status de sexo, Cep, credo,</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">classe, fenótipo...</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Muito me assombra que você fale em seres humanos melhores que os outros.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Digo, isso é - Tapo sua boca secamente com um olhar de reprovo</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Não. Não falo em melhor ou pior. Diferentes. Não se pode comparar o que é</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">diferente.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">O silêncio constrangedor inunda a sala como se as geleiras eternas do</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Ártico derretessem de súbito. São vinte anos comendo no mesmo restaurante.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Vinte anos é muito tempo. Ainda sem graça, ele faz um gesto ao garçom.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Sempre achei que você estivesse numa de pacifista, de bem com o</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Mundo e sempre de peito aberto - retoma o assunto entre goles do recém chegado </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">conhaque. São vinte anos de vida conjunta, e ainda assim as vezes é como se comer com um </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">estranho.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Tente manter o peito aberto o tempo todo. Veremos quanta estocada consegue aturar.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Oh, claro. Não feche demais a guarda, campeão. Uma ou outra porrada te ajudam a </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">amaciar a carne, e pode ser até que seja surpreendido com um ou outro abraço.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Clinch.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Como?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Chama - se clinch, esse abraço. Não passa de uma manobra para ganhar tempo e cansar</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">o adversário.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Dessa vez sou eu no canto. O próprio Ali, grande o bastante pra ser o maior, já se viu derrotado um dia, uma </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">abelha já cansada demais para ferrar. O mesmo passou - se com Foreman, com </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Frazier, nossa! Mesmo Tysson com toda sua ira um dia se tornou obsoleto. Como acabou acontecendo, aliás com o próprio </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">esporte.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-O pugilismo já não presta mais pro mundo de hoje - atalhou como que lendo minha mente. Também pudera. Cúmplices de tanto tempo</span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">...</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Não é violento o bastante, verdade? Não depois do Vale tudo. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-MMA é como chamam hoje em dia. Não que um nome vá mudar muito as coisas, heim?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Rimos satisfeitos por ainda concordar com algo. A primeira vez aquela noite. De todas as evidências, </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">a certeza de que a intimidade de sempre e o carinho de ambos seguia incansável pela longa e sinuosa </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">estrada. Estrada essa seguida a passos lentos, os olhos mais e mais cansados e gentilmente cultivadas </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">as perenes dores de estômago.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">É quando a porta do restaurante faz tilintar o pequeno sino. As poucas quatro, cinco almas do escuro </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">lugar </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">se viram pra recepcionar esse visitante recém chegado do frio mundo exterior, que ora se acaba em chuva. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Canivetes, chovendo canivetes. Os feliz cansaço agora se reparte em três. Allan, o garçom, traz o copo </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">num automatismo prenhe de ensaiada cortesia. Sabe que essa noite será longa, e a gorjeta, por pouca, ainda assim pingará.</span></b><br />
<br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Como vão as senhoras? - Diz, com aquele risinho cínico e o cigarro entre os dentes. Apalpa os bolsos em busca </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">de fogo, como se a essa altura chama ainda houvesse que a nós acalantasse. Bom, de todos ele sempre foi o mais patusco, espírito</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">mais juvenil, como fosse assim um Bute. É isso, uma entidade sempre pronta a rir de você com a graça e frescor de um Marlboro de menta e arsênico. Antes que ache o isqueiro, qual Prometeu, lhe acendo o cigarro e com a confiança que </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">nos rendeu uma vida conjunta regada no álcool, pego um pra mim de seu maço. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Como agrada ver lugares que resistem as mudanças de um mundo que nos morre pra renascer mais careta e certinho, ascético </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">e hipócrita. Não é em qualquer lugar fechado que se pode fumar hoje em dia. OK, ninguém frequenta mais o velho Tony's. E é por </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">isso que o amamos tanto.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Trago a fumaça fundo como um suspiro e retomo a discussão, feliz por estar mais uma vez com vinte e poucos anos:</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Falávamos da amabilidade humana, do MMA</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-De sanduicheiras populares, de fornos para a massa</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Da boa vontade Universal, lembra? Onde cada um cuida do próprio cu? onde gente feliz não enche o saco?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">-Porra, Zé! Você é sempre tão romântico!</span></b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-61266866283793260392014-01-26T20:44:00.000-02:002014-07-08T03:50:45.796-03:00A Morte de Votric Sunen - Capítulo 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYnlyM0jCgY10kVa5jPIStfI-oGN_QUc0h8cVp2GrbLYVl3iLLaLJ-cJDn06l25SQ5m2TRztOZV-7Sci8qFBdBqsSA22xR4IX29ydl04FOxVeqTfOZ0OSDymWjwfZ7UJJnHKoPRZkfh0/s1600/Lupa+-+Roy+Lichtenstein.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYnlyM0jCgY10kVa5jPIStfI-oGN_QUc0h8cVp2GrbLYVl3iLLaLJ-cJDn06l25SQ5m2TRztOZV-7Sci8qFBdBqsSA22xR4IX29ydl04FOxVeqTfOZ0OSDymWjwfZ7UJJnHKoPRZkfh0/s1600/Lupa+-+Roy+Lichtenstein.jpg" height="320" width="307" /></a><object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong5865921" name="gsSong5865921" width="300"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=586592&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="200" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=586592&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=The%20Shins%20Caring%20Is%20Creepy" title="Caring Is Creepy by The Shins on Grooveshark">Caring Is Creepy by The Shins on Grooveshark</a></span></object></object></div>
<br />
<em><strong>(A Morte de Votric Sunen - Capítulo 1? </strong></em><a href="http://malandragem-inquieta.blogspot.com.br/2013/11/a-morte-de-votric-sunen-primeira-parte.html" target="_blank"><em><strong>Aqui</strong></em></a><em><strong>)</strong></em><br />
<br />
Votric, ainda perplexo pelo que acaba de acontecer, agradecendo o fortuito destino daquela bala, calcula a trajetória do projétil numa velocidade incrível - talento adquirido na academia - e consegue ver uma misteriosa silhueta - dada a posição do sol, não mais que isso - numa janela de um apartamento defronte ao prédio onde por pouco morre, não fosse a água em seu ouvido.<br />
<br />
O presto Votric se pôs a perseguir aquela ameaça enigmática subindo as escadas do prédio na expectativa de ir de encontro ao atirador. No meio do caminho o ex-investigador sentiu a idade e começa a diminuir a velocidade, arquejando, em busca de um ar que parecia não estar ali. Frustrado e fadigado, chega ao andar onde viu a criatura. Saca seu revólver com as mãos trêmulas - resquícios ainda dos lances de escadas - e arromba a porta com o pé.<br />
<br />
A sala, ou melhor, o loft onde Sunen se vê é um tanto quanto mórbido: uma luz vermelha bem fraca, as paredes negras cheias de recortes de jornais e fotos que pela pouca iluminação não conseguiu ver ao certo sobre o que eram. Havia também uns equipamentos de musculação, um saco de pancadas que parecia ter sido usado de forma contumaz, uma cama bem rústica, sem lençóis ou travesseiros, e um telefone. Votric levou três segundos para perceber todos os elementos da cena. E três segundos foi o exato tempo que levou para um homem se postar atrás dele. O ex-investigador sentiu apenas o cano em sua nuca da arma ainda morna do tiro que cuspiu agora pouco:<br />
<br />
- Largue sua arma! - disse o homem em tom calmo, mas um tanto quanto intimidador.<br />
<br />
- Calma, estou largando! - disse Votric, deixando o seu .38 no chão, percebendo a seriedade da situação.<br />
<br />
- Vire-se, devagar!<br />
<br />
Votric, virando-se lentamente, foi dando forma àquela silhueta de outrora que tentou lhe privar da vida. Era um jovem robusto, de cabeça raspada, com os olhos cheios de ódio, mas misteriosamente familiares para o nosso protagonista.<br />
<br />
- Você finalmente morrerá por tudo o que fez, seu desgraçado! - as palavras do rapaz entraram nos ouvidos de Sunen como um alarme ativando o agente adormecido dentro de si. Votric, em tal caso, tinha duas opções, tendo em vista que se atracar com aquele homenzarrão não resultaria em nada que não fosse sua morte:<br />
<br />
A primeira era a técnica da "Retaguarda Invisível". Uma estratégia com 50% de êxito. A tática se resume em olhar para detrás do seu agressor como se alguém realmente estivesse ali e gritar "Atira nele logo!" ou qualquer outro comando desses de atacar. Isso faria com que o inimigo se virasse para se certificar dessa possível existência salvadora, possibilitando uma investida sem tempo de um contra-ataque. Mas o ex-investigador não creditou essa alternativa, pois viu nos olhos do rapaz a obstinação e sabia que ele não acreditaria naquilo.<br />
<br />
Então, apelou para a segunda opção, a psicológica, a "Bandido da Mamãe". Uma técnica com 80% de êxito quando usada nas condições certas. Consiste em gritar uma ordem com uma voz mais aguda, fazendo com que o agressor remeta por memória sonora aos seus tempos de infância onde uma matriarca rígida - seja a mãe, avó ou seja uma freira num orfanato - castigava o mesmo por ser uma criança teimosa. Gerando assim uma reação involuntária de parar o que se está fazendo instantaneamente. Uma técnica aprendida nas aulas de combate freudiano no seu tempo de investigador:<br />
<br />
- Pare já com isso, moleque! - foi o que Votric gritou, quase que sem esperanças por nunca ter usado em campo tal tática. Mas, de repente, como que por milagre, como se o jovem tivesse tomado um choque elétrico, a arma escapa de seus dedos indo parar no chão. Sunen sempre achou Freud um compulsivo sexual em suas aulas de psicanálise na faculdade. Mas a partir daquele momento era seu novo deus, aquele psicanalista tarado. "Masturbar-me-ei quando chegar em casa como prece", pensou. Aproveitando o ensejo, Sunen pega sua arma de volta se jogando ao chão, e dali mesmo dispara contra o "bandido da mamãe", atingindo seu peito, causando uma morte quase instantânea. Ele não queria fazer aquilo, mas não via outra alternativa.<br />
<br />
Como investigador que sempre foi, começou então a investigar a sala à procura de pistas que o levassem ao seu arqui-inimigo Nolen Danrami. Já não sentia remorso por matar, por consequência do número de vezes que isso se repetiu. Percebeu que as fotos e os recortes de jornais eram todos relacionados à Nolen, ele próprio e ao evento que gerou a morte de Kasmen Lasvi, sua falecida esposa. Ainda atônito, enquanto tentava juntar tudo isso em sua cabeça, repentinamente o telefone naquele apartamento tenebroso tocou. E Votric atende:<br />
<br />
- Quem é?<br />
<br />
- Ora ora! Se é você quem está atendendo, então devo presumir que o homem que morava aí esteja morto, certo? - Votric Sunen sabia muito bem de quem era aquela voz. A voz que ele estava procurando ouvir: Nolan Danrami.<br />
<br />
- Sim, ele está morto! Sua tentativa de me matar falhou, Nolen! E era tudo mentira sobre as bombas, não era?<br />
<br />
- Hehe! Eu tinha de chamar a sua atenção de alguma forma. E quem disse que eu queria te matar, meu caro Votric? Este é o meu presente de Natal para ti. Você está exatamente onde e como eu queria que estivesse. A lei do homem mais uma vez se fez valer, dando prova de que estou certo em dizer que não estamos no topo de nada. Somos animais tentando se equilibrar em duas pernas e pensar. Mas não pensamos, Votric. Nos fazemos dos mesmos instintos de sobrevivência como qualquer outro animal. Mas é pior, pois regemos isso com voz e violência intencional e gratuita. Tudo isso para nos mantermos vivos, Votric! Estamos olhando para os reis em nossos umbigos e não percebendo que seremos rês de algo maior que virá...<br />
<br />
- Deixa de falácia, Nolan! - interrompe o ex-investigador - Eu estou farto dessa tua filosofia barata de ímpio perante a humani...<br />
<br />
- E se eu te disser uma coisa que fará você mudar as suas convicções, Sunen? - dessa vez quem interrompe é Nolen Danrami - Se eu te disser uma coisa que fará com que você finalmente concorde comigo?<br />
<br />
- Não acredito que isso possa ser possível, Nolen!<br />
<br />
- Mesmo se eu te disser que você acabou de matar o teu próprio filho?<br />
<br />
(Continua...)<br />
<br />Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-86516052560483343862013-12-15T18:31:00.000-02:002017-01-04T22:35:48.265-02:00Dos<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfwem2_fJM4qarb-GZJxmyvXGi8pA4LLiDEqY_vLlCr-y2goZTjuzQ-9op8klWDljPMDUY8DKeEazR3idRLkmXvBiFfb6x_r-2qytf9UOfn0O18L027Ep_I_Q4dArPEcb3l6g2ARwXhRA/s1600/Dos+desnudos+%2528los+amantes%2529+_+Oskar+Kokoschka.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfwem2_fJM4qarb-GZJxmyvXGi8pA4LLiDEqY_vLlCr-y2goZTjuzQ-9op8klWDljPMDUY8DKeEazR3idRLkmXvBiFfb6x_r-2qytf9UOfn0O18L027Ep_I_Q4dArPEcb3l6g2ARwXhRA/s320/Dos+desnudos+%2528los+amantes%2529+_+Oskar+Kokoschka.jpg" width="181" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dos desnudos - Oskar Kokoschka</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<i>A ela, como se fosse aurora</i><br />
<br />
Certo dia ela chegou em casa batendo as portas, queixando-se das conversas de ponto de ônibus. E só eu sei como ela odeia conversas de ponto de ônibus. É que sempre fica a tensão de que as mesmas podem ser bruscamente interrompidas, a qualquer momento, quando o ônibus chega. E as melhores partes invariavelmente ficam para a próxima, perdidas no tempo até um possível outro encontro. Por muitas vezes ficou sem saber do final das histórias contadas:<br />
- Porra! Como eu odeio conversas de ponto de ônibus. Fiquei sem saber como o fulano (não lembro qual foi o nome que ela disse) se livrou de suas crises de ansiedade.<br />
- Mas que merda, meu bem! Logo as crises de ansiedade que você tanto combate? Tenho um pronome de tratamento digno para o acaso: Filho da puta! - Exclamei.<br />
- É, ele realmente é um belo filho da puta - disse ela com aquele bendito sorriso que só eu sabia por em seu rosto.<br />
- Me abrace! - Pedido dela mais que outorgado por mim. Ratificado em nome de anjos caídos na noite aquecida por seus vícios. Reconheceria de olhos vendados aquele abraço. Não só por suas formas sinuosas e seu olor, mas essencialmente, pelo coração que batia tão forte quando de encontro ao meu que parecia esmurrar-me o peito como quem avisa o que existe alí.<br />
É, ela era desse jeito. Quando a vi pela primeira vez, completamente embriagada numa mesa de bar, discutindo ferrenhamente sobre possíveis interpretações do que disseram seus heróis; eu, livre de qualquer preconceito analítico, à luz daquele ébrio olhar, senti minh'alma alforriada em seu brado mais ressoante, ecoando por cada quark do meu corpo num proselitismo mais que persuasivo. Desde então era ela, <i>deus ex machina</i>; a solução inesperada. O porquê enfim da minha história. Sine qua non da minha existência.<br />
- Te amo! - ela me dizia. Dizia não, proclamava.<br />
- Pfff! Amor? O amor está fazendo postdoc para entender isso aqui. - era o que eu respondia. E como sei que gostava disso...<br />
E todos os dias eram assim, apesar dos soluços. Um susto bobo, um copo d'água. O caos era mais um caminho. <br />
Entre( )tanto, como um sonho ela se foi, deixando aquele gosto amargo na boca junto a uma ereção matinal.<br />
<br />
(...)<br />
<br />
- Opa! Mas espere aí! Como assim ela se foi? O que aconteceu?<br />
- Meu ônibus chegou. Fica pra próxima o fim desta...<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhavQ8yjjuZQ7SCSgHCG3dwB-Z3INmJZVb1dNDWqdrpGOPw_cxaMdye7JLbqVbZW_l53cqNa_4Mz2XKg8guh89Ox106T9AAtsWShD33wFfXOOXKj6ITreKZ4ekWB7w86nnu9_alH6-Dmw/s1600/Eu+me+chamo+antonio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhavQ8yjjuZQ7SCSgHCG3dwB-Z3INmJZVb1dNDWqdrpGOPw_cxaMdye7JLbqVbZW_l53cqNa_4Mz2XKg8guh89Ox106T9AAtsWShD33wFfXOOXKj6ITreKZ4ekWB7w86nnu9_alH6-Dmw/s200/Eu+me+chamo+antonio.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://eumechamoantonio.tumblr.com/">http://eumechamoantonio.tumblr.com/</a></td></tr>
</tbody></table>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-6221553752118098322013-12-11T23:24:00.000-02:002013-12-11T23:26:22.584-02:00Pílula da Felicidade (ou ''Quando aprender a não julgar, aí então serei perfeito")<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhH44hC5ANyH5-mj8S3prHjlYe2aLrp2NeeqT_d7vQaXh0FeMrYT4tYk4vVkQhY6HemKjyo7hsdY05K56UOYfp9HKVWFkymuIrUf6Uu8BdWXV_gjRn2-CNi3PVPXOgWR6DWiyPMu9hZ2Mj/s1600/14-Modigliani-Reclining-Nude.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhH44hC5ANyH5-mj8S3prHjlYe2aLrp2NeeqT_d7vQaXh0FeMrYT4tYk4vVkQhY6HemKjyo7hsdY05K56UOYfp9HKVWFkymuIrUf6Uu8BdWXV_gjRn2-CNi3PVPXOgWR6DWiyPMu9hZ2Mj/s320/14-Modigliani-Reclining-Nude.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>Pegue a sua verdade e remoa. </b><b>Mastigue, engula e se entupa de verdade. </b></div>
<div>
<b>Rumine.Regurgite.Vomite sua verdade. </b></div>
<div>
<b>E passe adiante. </b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>Pegue então a verdade que te chegue. Repita cuidadosa e pacientemente </b></div>
<div>
<b>todo o processo:</b><br />
<div style="text-align: center;">
<b><b>Mastigue </b></b></div>
<b>
</b><b><div style="text-align: center;">
<b>Engula </b></div>
</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Se entupa. </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Rumine.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Regurgite.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div>
<b>Vomite sua verdade (ao próximo)</b><b>. </b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>Até que sejamos todos nus de verdade.</b></div>
</div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-20107989067055528362013-12-05T17:07:00.000-02:002013-12-05T17:32:36.028-02:00Geografia da inocência<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmQi3g0QpzVtnQVZ0essSwdyVennciQQO5Q3g_tTANiHAg2i3zTrxO-mHALQ6YS1YtsTynWWeC6O6i3hkrrJG1H_k8TxCi2is-AjvtxWalRVzRgWi0EUm1MwetGOktgqQLFUtMlt73cPw/s1600/51a349280dcaec984d1adadeae716ad2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmQi3g0QpzVtnQVZ0essSwdyVennciQQO5Q3g_tTANiHAg2i3zTrxO-mHALQ6YS1YtsTynWWeC6O6i3hkrrJG1H_k8TxCi2is-AjvtxWalRVzRgWi0EUm1MwetGOktgqQLFUtMlt73cPw/s320/51a349280dcaec984d1adadeae716ad2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Espírito Santo é um lugar rico, com praias ao sul e ao
norte, com montanhas ao sul e outras ao norte, com reservas de petróleo e vasto
litoral ensolarado. Suas praias ao norte, geralmente mais barrentas, escondem a
diversidade cultural e musical dos novos velhos tempos, à casaca mexe com o
congo, enquanto se espera a moqueca, a puxada do mastro segue a ladeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Particularidades em cena dão vistas ao novo toque de glamour
e aparência rock n roll, com a boutique aberta, suas colunas erguidas sobre Liverpool,
com escala em Seattle e <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #222222; font-size: 10pt; line-height: 115%;">CBGB</span>;
sambando em cima de um esqui feito do pandeiro tupiniquim, esta é a cara e o som das vísceras
capixaba. Naquela noite eu vi uma menina bonita, ela se transformou, ela não
conseguiu se segurar, ela pagou pau para o subproduto deste lugar. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Sangrou e derramou sangue, perdeu a conduta
ativa, viveu por você e não semeou a verdade, qual verdade, Espírito Santo? É...
Eu sei amigo. Somos adultos. Ela tem o nome de uma flor, como tal, chegara ao
tempo de murchar e colocar um coração de tecido no lugar.</span></span><br />
<br />Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-20134355499136916172013-11-30T01:27:00.001-02:002013-11-30T01:27:57.790-02:00 Cãibra moral<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong2368020424" name="gsSong2368020424" style="clear: right; float: right;" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=23680204&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="250" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=23680204&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Casuarina%20Na%20intimidade%2C%20meu%20preto" title="Na intimidade, meu preto by Casuarina on Grooveshark">Na intimidade, meu preto by Casuarina on Grooveshark</a></span></object></object>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTkLGcdcLfyJVS4375yAsw0r3rsfXVaDFll7SYjpJ2oZO7bxzN0dnoKWiBHu9ByyL95XeQGZCz-UkLsymYkKKdrG6I9gyWSlSzM3fZE2twTx0bRgXx6toee4nxRWQwevfyIQrwhFFxs3-/s1600/Orestes-1024x694.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTkLGcdcLfyJVS4375yAsw0r3rsfXVaDFll7SYjpJ2oZO7bxzN0dnoKWiBHu9ByyL95XeQGZCz-UkLsymYkKKdrG6I9gyWSlSzM3fZE2twTx0bRgXx6toee4nxRWQwevfyIQrwhFFxs3-/s400/Orestes-1024x694.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Ao olhar o outro busco o reflexo do que eu de fato <strike>sou</strike> quero ser. Fechar os olhos </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ao que não me parece belo só me faz enxergar melhor a escuridão dentro em mim.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Silente, entanto, ouvisse o teu sorriso, e poderia em paz também sorrir calado.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Goze, mas goze <strike>de mim</strike> <strike>comigo</strike>... não, porra. Goze nada. Que goze eu, e que você se foda. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Gozar o outro parece o mais correto, pra quem tanto já gozado foi. Porque o meu erro </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">é deslize; o seu, incoerência. A minha vontade é desejo, a sua, subversão. Porque nada somos. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nada. Apenas um amontoado de egos querendo o mais valer - se. </span><br />
<div style="text-align: center;">
(Leia -se: mais valia). </div>
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Esse inferno que habito é cercado por toda sorte de enganos. Ninguém me enxerga como de fato sou, <i>ai de mim!</i> Talvez porque passem muito tempo a mirar - se no espelho. E ali o que veem? Cabeça. Tronco. Membros. Nada além de carne e vaidade, veem somente homens e veem apenas mulheres. Crianças tolas e cheias de birras. Falem <strike>mal</strike> mais! Falem de mim! Mas sobretudo me enxerguem. Me olhem de canto de olho, e vejam o sorriso plasmado e amarelo embriagado de tanta farra. No canto dos lábios, as rugas rijas de tanto forçar a alegria e a beleza de ser um eterno paspalho. De errar mais e mais. Desejar mais e mais. Até cair em exaustão. </span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Quanto riso! Quanta alegria)</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Referências batidas de porta em porta como testemunhas de um mundo que nunca deu certo. Que jamais dará. Nossos pais, outrora heróis, hoje são a imagem do ridículo. Nossos heróis, hoje nossos irmãos e irmãs, amanhã já de nada nos valem. O novo sempre vem, de novo e de novo. Um <strike>circo</strike> ciclo vicioso de palavras de ordem malditas e escritas e de uma dinâmica sempre maciçamente vertical - não importa de onde ela venha. Tudo é sempre mais do mesmo. Lamento informar que nada há de mudar. A não ser pelos heróis, que ontem figuravam entre nossos algozes.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> É hoje o dia da alegria e dos chavões mais usados, da roupa mais curta e da liberdade que mais nos prende. Aquela boca que tanto beijei é a mesma que hoje me cospe. A vingança é um prato requintado servido pelas cantinas e bares do mundo novo, esgarçado folhetim que é a vida do homem na terra. Temperada </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">num leve fio de ironia e enfeitada com folhas verdes de ideologias torpes de falsa libertação. É preciso derrubar o velho. É difícil crer que haja mais crueza que aquela já vista na guerra do cotidiano, mas de fato sempre há. Basta saber doer, saber bater, e sadismo encontra masoquismo. Eros consolado em Thanatos. Temo por nossos filhos, como faria um Cronos zelando por Réia. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><i>Embaixo de meu travesseiro guardo pesada artilharia, no lugar onde antes repousava minha consciência. Pois quem tem cu, tem medo.</i></b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-23465556357776530952013-11-16T15:49:00.001-02:002013-11-16T16:03:02.087-02:00De 1927 até o fim. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimTOaWJ7GuNCo3Lh5qqxOI4JgcOxwHuC7bobPjf_veITRlyy6eayTTcEoBcoTtnCP24IJ2Ni3MIEAbwDhkOr3-6S9PmaGoPBg3mOxivq14-hj2W_Q5yHDIV6mwXrBtjJW8Vg24DrQhZE0/s1600/s500x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimTOaWJ7GuNCo3Lh5qqxOI4JgcOxwHuC7bobPjf_veITRlyy6eayTTcEoBcoTtnCP24IJ2Ni3MIEAbwDhkOr3-6S9PmaGoPBg3mOxivq14-hj2W_Q5yHDIV6mwXrBtjJW8Vg24DrQhZE0/s320/s500x500.jpg" width="318" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
" Fervor, tremor e outros souvenires"</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O jeito solto não combina mais com ele, aquela ânsia de sempre colocar a
escova perto da pasta soava como um TOC.
Quando estavam longe era foda, era o mesmo pavor que sentia em momentos
de insegurança em um lugar estranho e barulhento. Por via das dúvidas, sempre colocará o
celular em estado de alerta permanente, pois sabia que com o enviar de
mensagens sua dor era amenizada, suas células respiravam; era como um analgésico
potente, algo como morfina, ou aquela dose que deixa a boca dormente, com
lábios caídos e insensíveis, pronto pra ser obturado.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p><br /></div>
<div class="MsoNormal">
A culpa que sentia era tamanha,
que o homer (hombre) não conseguia mais grudar o ânus quieto em uma cadeira, a mesa de bar era como um câncer maligno que separava os seus pezinhos grudadinhos com de sua
amada. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Como classe dominante, detentora dos meios de produção, esfinge da produção econômica, rica em proteína. Em seu (in)verso encontra-se o proletariado, pastoso, serviente. Culpado por escola e religião. Maltratado e submisso, no entanto, imensamente criativo e multicultural. </div>
<div class="MsoNormal">
No conluio desta tendência, pega
carona a incoerência coexistente de viver e sobreviver, vivendo o sol, convivendo
por essas chuvas, transmutando, perdurando, irritando, destruindo e construindo
tudo de novo.<br />
<o:p></o:p> </div>
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-31968363787925954782013-11-14T11:39:00.002-02:002013-11-14T11:39:48.109-02:00Baladinha
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong36071707100" name="gsSong36071707100" style="clear: right; float: right;" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=36071707&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="250" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=36071707&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Little%20Roy%20About%20a%20Girl" title="About a Girl by Little Roy on Grooveshark">About a Girl by Little Roy on Grooveshark</a></span></object></object></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEive0CbcncLAW3Kjw1S0V2nAckLe45csX1jxaRrqXMZvLMEbtAiU8ebmYZOrYBAWzid-EsvmlU0ZmjXfC1EbtbScZJYEGXEdbxqIi_TYwRdFmCSt7CC9cKxCsj3x-MFzLElPDRT7bBMm1o7/s1600/Goya.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEive0CbcncLAW3Kjw1S0V2nAckLe45csX1jxaRrqXMZvLMEbtAiU8ebmYZOrYBAWzid-EsvmlU0ZmjXfC1EbtbScZJYEGXEdbxqIi_TYwRdFmCSt7CC9cKxCsj3x-MFzLElPDRT7bBMm1o7/s320/Goya.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></b>
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span></b>
<h4>
<b><i><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">''Minha vingança será um sorriso carimbado na face e o éter a
me escorrer das mãos''</span></i></b></h4>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><i><br /></i></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Jura que já houve quem experimentasse tudo isso e ainda
assim abrisse mão? Digo, se hoje estás aqui é porque alguém desistiu... ou você
se cansou... afinal... – é quando batem a porta para interromper o idílio que é
o infinito preguiçoso de uma tarde quente de segunda.</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> </b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> Era o vizinho, como sempre, incomodado. Curioso. Pouca
coisas há capaz de incomodar um ser
humano que um seu semelhante em estado de graça. Poucas coisas evocam mais a
desgraça, é dizer. Um carro do ano. Uma mulata passista em mão alheia ou um
gemido alto o bastante para furar a
privacidade das paredes cotidianas.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> Ele, o vizinho, senhor honesto e trabalhador. Por vezes
recebeu troco errado e com ele ficou. Quem pode culpa – ló? O homem que tem por
predicados ser tão homem quanto todos os demais, nem mais nem menos nobre.
Aquele que não fede e não cheira, não fuma nem nada. Senhor das virtudes
normais do Mundo normal da natureza humana. Classe: Medíocre. Aura: Mediana.</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> Ficaram os dois em silêncio e recolhidos sob os lençóis úmidos de seu paraíso
particular. Assim mesmo, como em um romance barato de banca entre jovens
adultos que ainda não puderam romper a casca do adolescer. Tudo silêncio e pieguice, não fosse o arfar pesado das suas respirações
ansiosas. O vizinho batendo, batendo e bufando, até cansar. Não dava trégua em
suas reclamações pequenas e egoístas. “O barulho vai muito alto, vizinho!” se
recebiam amigos para uma conversa simples. “Preciso dormir, ora essa!” se havia
música para animar o encontro. ”Vocês fumam demais! Que cheiros são esses?” e por aí em diante, ou seja, não
se pode mais jantar. Não se pode ter amigos, ser feliz é
crime agora? </b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Foi embora e não ouviu o riso abafado entre brincadeiras e
travesseiros. Amor assim, de cama, mesa e banho. Ah! E álcool, claro. Que
ninguém é de ferro. E somos tão jovens...</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> A noite chega apontando planetas e estrelas ou o que mais
que brilhe na seda escura do céu. Estão
cansados de nada, felizes por tudo e convictos: Ele é só dele. Ela não é de
ninguém. </b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Pede você, você sabe que eu não gosto de falar ao telefone.
</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Pede o de sempre.</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Vem logo pra cá. Eu bem poderia te usar agora. Sabe, desde
que eu me apaixonei por... </b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Cala essa boca, cara. Sente meu amor? </b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> - Que sorte a minha te conhecer! Meu bebê!</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b> Mais voltas, corcoveios. Cavalo e entidade, peão e rainha.
Buddys. Um dia, porém, os enjoos. O suor incomoda, a emoção que acabou, o “liga
você, olha a frescura”. Por fim as retas
paralelas, os “olhos nos olhos” e o “passar bem”. O anacrônico sentimento da traição que não houve.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b> Se encontrarão ainda nas noites, nos bares. Dois estranhos caminhando na turma de rostos conhecidos. Nada houve, parece. Não foi nada, já passou. Ah! Essa juventude
transviada! Os encontros furtivos e os amantes passageiros. E no fim, como diz
o outro: “Um enfarto. Ou pior, o psiquiatra”</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<h4>
<i><b>(I do. I do )</b></i></h4>
</div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-30897879868619729332013-11-10T21:16:00.000-02:002014-01-26T23:16:09.829-02:00A Morte de Votric Sunen - Capítulo 1<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3go99lOCND3GY8KpRnTuEX_HjZ0z9diRP2hXWvYKQKPkX14zXteGHXcCbk6v6q4GIeae52fkxh3aFtoU_cAyiK4gmQAbConh8rHGqlKVg1VmWCxqByhJMCXVSldV-bFLAqs8G61BikLU/s1600/Lupa+-+Roy+Lichtenstein.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3go99lOCND3GY8KpRnTuEX_HjZ0z9diRP2hXWvYKQKPkX14zXteGHXcCbk6v6q4GIeae52fkxh3aFtoU_cAyiK4gmQAbConh8rHGqlKVg1VmWCxqByhJMCXVSldV-bFLAqs8G61BikLU/s320/Lupa+-+Roy+Lichtenstein.jpg" height="320" width="307" /></a><object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="40" id="gsSong3560956532" name="gsSong3560956532" width="300"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/songWidget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=35609565&style=metal&p=0" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/songWidget.swf" width="300" height="40"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&songID=35609565&style=metal&p=0" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/song?q=Nick%20Cave%20%26%20Warren%20Ellis%20Falling" title="Falling by Nick Cave & Warren Ellis on Grooveshark">Falling by Nick Cave & Warren Ellis on Grooveshark</a></span></object></object>
<br />
<br />
Votric Sunen sempre odiara esta época do ano. A cidade toda se aprontava mais uma vez para o evento mais hipócrita e consumista por ele já presenciado. Todos adornando seus egos com guirlandas e pisca-piscas. Fazendo das noites um clarão eterno, queimando retinas e apavorando os insones como Votric.<br />
<br />
Numa rara ocasião de necessidade fisiológica - problema que vem anexo a idade - ele percebe o relógio de pulso que tanto procurava esquecido no chão do banheiro entre as roupas sujas. Uma metáfora epítome digna de sua existência: Por mais que tentasse esconder entre as grossas camadas de ilusão, aqui representadas por trapos, pele morta, ácaros e manchas de sudorese, os ponteiros empurram inexoravelmente o tempo sem sequer saber se é hora. Estava velho; macróbio de uma era em que ser idoso nem ao menos significa sabedoria.<br />
<br />
E em meio a uma ducha, sem a qual jamais conseguiria sair daquele quarto de banho - cagar e tomar banho é um TOC insuperável e até lhe dava um certo orgulho - o telefone toca; e como que premonitoriamente sua espinha se gela com a percussão estridente do aparelho. Era o seu antigo chefe chamando-o para um último trabalho, que ele já recusou de prontidão. Votric Sunen foi um agente de investigação, aposentado por invalidez. Mas aquele não era um trabalho qualquer, sublinhava seu ex-chefe, era sim uma ligação do subversivo Nolen Danrami que anunciava que se seu velho rival não aparecesse até a hora marcada em tal local, explodiria bombas postas em lugares públicos matando milhões de pessoas. E que assim o velho investigador escolhesse como seria o seu presente de natal. O superintendente ao telefone disse a Votric ter investigado e não encontrado bomba alguma, mas não se podia levar como blefe o que Danrami dizia.<br />
<br />
Danrami era um bon vivant, mais jovem que Sunen, fazia da vida um capricho e abalroava quem quer que estivesse em seu caminho. Porém encontrou tanto de si em Votric que acabou fazendo do astuto agente um espelho e decidiu passar o resto de sua vida tentando provar a Sunen que o homem é mero animal brincando de humanidade. Experiência maior disso foi o sequestro da esposa de Votric, Kasmen Lasvi, e consequentemente sua impetuosa morte: Ela foi mantida durante meses em cativeiro, até que um dia Danrami prendeu maços e maços de dinheiro no corpo de Lasvi nua com bombas acionáveis ao mais simples toque nas notas e a pôs no centro de uma praça em um bairro paupérrimo da cidade com uma placa pregada em seu peito com o seguinte escrito: Se tocar neste dinheiro, ela morre, reles animal! O resultado final disso foi um bairro inteiro em chamas.<br />
<br />
Aquele telefonema inquietou Votric Sunen ainda mais que a água que entrou em seu ouvido no banho e não conseguiu tirar. Aceitou ir de encontro ao seu nêmesis, é claro. A vingança é o júbilo do sem propósito. Encontraria enfim o maior de seus carrascos, alguém que não deveria ser chamado de humano.<br />
O endereço já estava num papel em seu bolso. Sua vida se tornou um clichê policial e ele se incomodava com isso. Mas aquela água no ouvido!<br />
<br />
No caminho ao rendezvous percebeu que não era mais o mesmo intrépido e incansável investigador de antes, a velhice havia atacado até a sua memória, pois não lembrava onde era exatamente o endereço escrito no papel - tendo em vista que em seus áureos tempos não precisaria nem anotar - que ele já usou pra tentar secar a cavidade auricular obstruída. Resolveu perguntar do local a um jovem transeunte onde a estampa de sua camisa dizia: "Feliz Na... Ops... Capital!". O rapaz fingiu não ter ouvidos e continuou seu rumo. Votric pensou naquele instante que a frialdade das pessoas já é tanta que as camisas deveriam ter estampas somente nas costas.<br />
<br />
Depois de muitas voltas, enfim, ele chega ao local do encontro. Mas antes do toque na campainha, a preparação psicológica. Ele se vê arredio durante um tempo. E quando levou a cabeça até a mão, na altura do ombro, na tentativa de dar pancadas para tentar se livrar daquele incômodo entupimento, ouviu um zunido como se algo passasse ao seu lado muito rápido. Ele reconhecia aquele som como ninguém. E ao perceber a sua frente um orifício antes ausente naquela porta, concluiu: "Foi um tiro! E acertaria em minha cabeça se não fosse esta maldita água em meu ouvido."<br />
<br />
(Continua...)<br />
<br />
<em><strong>Capítulo 2? </strong></em><a href="http://malandragem-inquieta.blogspot.com.br/2014/01/a-morte-de-votric-sunen-capitulo-2_26.html"><em><strong>Aqui</strong></em></a><br />
<br />Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-84376357997288233292013-11-07T16:44:00.000-02:002013-11-07T20:48:28.965-02:00O Congelar do malandro<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUnIgGGLgHqMyddPSK1Te_EYvFcYlFO2FvdVBqK4bO4Nqa7qoIGcyrEAINuzN9JQc-Jc4gZPxUQr0qf7XV7QCfb1tb0cYU2Yf2tnibH7fGcSKWtpuxTD3vCPLLMCAQiTmWwQ3vDeJFomU/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUnIgGGLgHqMyddPSK1Te_EYvFcYlFO2FvdVBqK4bO4Nqa7qoIGcyrEAINuzN9JQc-Jc4gZPxUQr0qf7XV7QCfb1tb0cYU2Yf2tnibH7fGcSKWtpuxTD3vCPLLMCAQiTmWwQ3vDeJFomU/s1600/images+(1).jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> - Todos os sinais levam ao mesmo lugar.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<br />
Homem de lata morre
entre esgotos e vias em meio a sua poluição astral; como vivem
pedindo sentenças e mandados impetrados dessa aflição, Homem de
lata se restringe em seio esplendido da dor de um mundo oco, tal qual o
seu coração.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Como se não bastasse,
o mesmos passos são seguidos, e assim forma-se do outro lado
soturno, mais uma legião destes, que esperam acesos raiar mais um
dia, mesmo que seja pálido o dia; via-se raios como oferenda ao novo
turno que se segue, feito um bastião.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Parte da mazela mora ao
lado, conflitando entre a sala e o quarto, prazeres bobos e saias
vil. Começo a entender a maturidade, ela passa por perto e despeja em
você tudo o que foi construído.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Como prova do desgaste,
arraste os períodos todos de novo, veja em seu nome uma menção do
município, chamado: acaso de lata; neste, não acontece nada, não
encerra-se nada, não perdura sorte, apenas se encontra as coisas,
coisas, coisas, pessoas, coisas, coisas, pessoas que são coisas.<br />
<br />
</div>
Seu Arruda Felipehttp://www.blogger.com/profile/16207391966489502385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-29246712202638369572013-09-25T00:50:00.001-03:002013-09-25T00:50:37.084-03:00Toda prosa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpfC1fHuoZuPz3gpgG7lypg-LgmUjZdNEsOyAxWt8SPlKFoStGe4UlphS7VaLV-DK541bZ6TOdIaE-c-ddu5ZXmxCyUprTOpCWRjgVAF-7lAY7RhGPMf0fz8_K7n9GI4MBOuj4IOpNJx8z/s1600/Penelope.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpfC1fHuoZuPz3gpgG7lypg-LgmUjZdNEsOyAxWt8SPlKFoStGe4UlphS7VaLV-DK541bZ6TOdIaE-c-ddu5ZXmxCyUprTOpCWRjgVAF-7lAY7RhGPMf0fz8_K7n9GI4MBOuj4IOpNJx8z/s320/Penelope.jpg" width="287" /></a></div>
<br /><b><br /> A poesia está onde habita a vida. E muito, muito mais além. Sei que acima de tudo está aqui, e em tudo o que toque a bela, escura tinta do seu olhar. Em cada som mastigado por essas cavernas pequenas de tuas delicadas orelhas. </b><br />
<b><br /></b>
<b> Também nas doces olheiras onde, as memórias encerradas, desenham a maquiagem delicada da viagem que não houve (mas para a qual te preparastes com esmero). Tuas sempre irresolutas decisões. Teu destino ainda por alcançar. Cada palavra vaga flutuando no espaço silencioso do caos que te abraça, e é mui doce o frescor de cada palavra inventada só pra te definir. Muito mais ainda, em toda a ternura que te cerca. </b><br />
<b><br /></b>
<b> </b><br />
<b> Mesmo na mais aguda dor, toda tua altivez, vinda como que do teu peito de fêmea apenas possível e para a qual não se soube ainda criar adjetivos, me alcança e emudece. De que valem afinal as palavras? Eis então que abrindo os olhos não mais te vejo. Como ausente estás e qual doente soluço, sem ar. Teu toque macio e gentil me alcança e eis que em meu peito, aliviado, o coração estanca. </b><br />
<b><br /></b>
<b> * * *</b><br />
<b><br /></b>
<b> Vejo mais amor nas ruas, nas placas, nos carros. Mais alienígenas e alienados. Julgo estar em paz. Mas afinal, que homem pode em sã consciência ser juiz de si mesmo? Ouço da sala tua aura serena e antecipo em sorriso que estou nos domínios de teu sonho (Tão sereno teu semblante). <br /></b><br />
<b> Pois de tudo me impressiona que dentre tantos loucos e tantos santos, muitos bravos e algum, claro, covarde, foi a mim que escolhera. E a mim te cabe cantar, numa balada retumbante para que saibam todos os covardes, todos os bravos, os santos, e ora, claro, cada louco que a mim me tocas. E é minha tão somente a obrigação de reparti - la em sorrisos e beijos. Como se a cortasse c'os dentes e cuspisse a terra a semente donde hão de vir teus frutos. </b><br />
<b><br /></b>
<b> Temo não ser capaz. Mas te olho, branca Penélope repousada a esperar por mim e então eu sei que tudo posso. Fortalecido me debruço sobre ti e abraço minha vocação. E quando caio em si, percebo: Estou mais eu do que nunca.</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-66660959583557740302013-09-08T20:30:00.001-03:002013-09-08T20:43:25.397-03:00Guananira em berço esplêndido (ou Abre teu olho, Vitorinha)<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> </span></b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="" border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM8rQNYUh0xrRCPZ61eiKru08OgXJAGb0LslBdMAnlIZQBrLqrIFlhbNi5qNgQlXf1HACQGslCMEGBvK2oBqit43stin0ooc9YP2mRdZMrZNjvF_QX_w6n4G7V4v-aF-eFiu9r7gLwyv5N/s320/mm_576.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" title="http://www.magnomalta.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1554:maguinho-o-boneco-infll-da-elei&catid=27:outras-notas&Itemid=45" width="293" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">http://www.magnomalta.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1554:maguinho-o-boneco-infll-da-elei&catid=27:outras-notas&Itemid=45</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span id="goog_64484372"></span><span id="goog_64484373"></span><a href="http://www.blogger.com/"></a><br /></div>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Sirenes ecoam entre os tubarões que singram velozes pela beira - mar. Distante em sua morada, altiva, Nossa Senhora da Penha limita - se em ajeitar seu manto rosado de nuvens, enquanto espreita a tudo sem dar nenhum juízo. A santa divisa na praia as morenas pretas de areia que se orgulham de suas vergonhas - retas vastidões - as quais vão adornadas de azuis e brancos e tons e outros tons. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> São mulatas e índias também, tapuias raízes esticadas nas loiras melenas cheirando a formol. Na orla sobram passistas, passantes, seguras de estarem todas cheias do Espírito Santo em sua forma roliça de pombinha.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ouvi dizer até que Santo Antônio, de visita secreta a Anchieta, correu com o Diabo daqui, e assim deixou livres do Mal os nativos que o Mal ainda não conheciam. Meio assim um São Patrício a livrar a Irlanda das cobras que a Irlanda nunca tivera. </span></b><b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Resultado dessa celeuma é que pedrinhas brutais espocaram, espalharramaram - se pelo chão agora então esborrando em ladeiras e ladrilhos transatlânticos. O tempo desde então parece parado aos selvagens que assim bem vivem sem se dar conta.</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<strike><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></strike></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">* * *</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b></div>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Sei que há anos que nada de novo há. Mas que hoje é Domingo e nos é devido, como sempre, Ó, César, dar ao Senhor suas devidas prezas e preces. Parabéns a minha Ilha de Mel. Parabéns aos barões do café, aos nossos número um. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Nossos solares médicos insulares. Nossos juízes de arma em punho e sorriso no bolso. Nossa terra de homens fortes e viris e mulheres <strike>direitas</strike> de olhos vermelhos (quando não roxos) e vestidos de noiva branquinhos - Deus nos livre do Pecado. Nossas mães com doçura de menina e jeito de matrona - mulher pra casar. Nossos rebeldes sem causa, ora! Tudo vai tão bem há 462 primaveras! Pra que mudar o time que está ganhando? Reclamam de barriga cheia!</span></b><br />
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><br /></b>
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"> Parabéns a todos pela vitória nossa de todo dia. Onde sobra o romantismo e o futuro morreu mas esqueceu de deitar. </span></b><br />
<strong><span style="font-family: Georgia;"></span></strong><br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08986500834018391452noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6641363187665521593.post-35685006801023227452013-09-01T13:40:00.000-03:002017-01-04T23:09:09.087-02:00Endereço<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUGJOvEy9qWgfC6pJ10oEX7z7Azo92qzKcsf6mkWW_4AKfNftvNQSSYNEQsoS6NyVeb3Vf4F_5QK5hB_5h8NDBUh4A3V035RwSXXtXE68oglvDSeKFk1u5GXtInSoPTDJY1_8QH4frwAI/s1600/la+novia_marcel+duchamp.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUGJOvEy9qWgfC6pJ10oEX7z7Azo92qzKcsf6mkWW_4AKfNftvNQSSYNEQsoS6NyVeb3Vf4F_5QK5hB_5h8NDBUh4A3V035RwSXXtXE68oglvDSeKFk1u5GXtInSoPTDJY1_8QH4frwAI/s320/la+novia_marcel+duchamp.jpg" width="192" /></a><br />
<br />
Reminiscências são tudo o que ela tem agora, dirigindo o seu carro, a cara amassada pela noite inquieta de sono, tentando ainda se acostumar com a luz da manhã, ao passo que as gotas da chuva percorrem o seu caminho gravitacional no para-brisa. Coisas que lhe vem à mente relacionadas ao seu pai que mesmo em toda a sua rispidez arrancava-lhe sorrisos. Lembrou de quando era ainda menina e admirava o pai a fazer suas coisas como se ele fosse um deus consertando o mundo.<br />
Recordou com a maior vontade existente de sua mãe, que mesmo não tendo ido à escola alguma, parecia ser a pessoa mais inteligente do planeta. E como certa vez, bravamente, ela espantou um besouro que adentrou o quarto cor-de-rosa de sua filha (perdoem-me o sexismo). Besouro - mais especificamente o escaravelho - a existência mais irônica e poética já conhecida por ela: rolar bosta orientando-se pelas estrelas.<br />
A notícia em forma de correspondência sobre sua aprovação na universidade federal tinha uma prerrogativa espacial em sua memória. Queria abri-la na frente da família, mas não se continha, experimentando pôr contra a luz para ver o que havia dentro do envelope. "Passei. Adeus, adolescência!".<br />
A universidade de fato foi um divisor de águas. Por sua beleza as coisas pareciam fáceis por lá. Era elevada a categoria de arte pelos colegas (L.H.O.O.Q.). Teve um caso com a professora de Espanhol I (sempre encontrou poesia em tudo o que fosse dito nessa língua) e paixões como a pelos dois amigos, concomitantemente, sem que eles soubessem um do outro e quando questionada, jurou de pés juntos que não, mesmo sendo atéia.<br />
Mas paz para ela nunca gozou de graça, procurava "sarna pra se coçar". A calmaria e a monotonia eram coisas de gente velha que já não esperavam nada além da morte. "Mas paz é isso, não? Algo que apanhamos do outro por intermédio de uma coisa chamada relação. Se quero paz, eu pego a tua. Puro fisiologismo¨, uma vez disse ela numa discussão calorosa em mesa de bar.<br />
E então a formatura, emprego. As responsabilidades lhe caíam às toneladas. Não havia mais tempo. Precisava viver como todos os outros, presa nesse movimento pendular, buscando aliviar as dores do caminho com viagens e placebos tecnológicos.<br />
Sempre esteve em conflito interno por querer não se contradizer. "Mas isso é impossível, meu amor. Teoria e prática são amantes raivosos.", enfatizava o maior de seus romances, o homem que não mais conhecia. Chorou feito criança esses dias ao lembrar dessa tão estranha criatura, enquanto assistia a belíssima apresentação do <a href="http://elcomercio.pe/actualidad/1621757/noticia-conmovedor-poema-amor-hombreobsesivo-compulsivo-video?fb_action_ids=697692170248089&fb_action_types=og.recommends&fb_source=909&action_object_map=%7B%22697692170248089%22%3A197682960405335%7D&action_type_map=%7B%22697692170248089%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D" target="_blank">poema do obsessivo-compulsivo</a>. Pensou em desviar de seu caminho para o trabalho e passar na casa dele. Ele ainda residia no mesmo endereço. Endereço para o qual estudou por anos mudar seus problemas. A mesma rua de sua aurora, uma rua abarrotada por lojas de noivas que por consequência de um bombardeio tradicionalista, fundamentalista, colonizador, idealizava se casar como uma princesa Disney. Lembrança que a levava às gargalhadas toda vez que recorria.<br />
E num irascível desespero por ver seus sonhos corroídos pela mesma pasmaceira que tanto se opunha, acendeu um cigarro, tragando a fumaça e o passado para o peito. Tudo parecia tão absurdo nesse momento dentro daquele carro. Decidiu pegar uma outra direção que não a do presente.<br />
Chovia lá fora e o futuro agora era o que tinha nos bolsos da calça. Mas ela sorriu.<br />
E nunca mais se ouviu falar dela.<br />
<br />
<i><i>"Afinal, qual é o valor da vontade quando o espírito está faltando?"</i></i><br />
<br />
<i>
</i>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/03673148208692106714noreply@blogger.com2