Peixoto foi curtir o
carnaval carioca, gostou das pessoas, animou-se com a cidade,
perdeu-se nas ruas fantasiado de bate-bola, vibrou com os concertos
voadores, palavras de incentivo, cerveja espirrada e sorrisos
saltitantes. Parou na esquina, realizou- se urinando; curvou-se, na
espreita, por uma bailarina comediante, com um algodão doce em suas
mãos. Desconfiou das falácias de um homem sóbrio, pediu a mão
para levantar-se da rasteira que recebera, não foi nada, disse ele.
Perto disto, vem uma onda, ele não impede que a mesma o leve para o
caminho do ameno e sensato equilíbrio, sem estas calçadas mijadas, sem esse
cheiro maroto solto, sem as conquistas vazias, sem desperdício necessário.
O mesmo homem que se
mostrou valente, se torna o peso morto de outros tempos, perto da
estrada infértil deve seguir. Descontrole é infame, inimigo da
resignação de outrora.
É perto dela, na fila,
na chuva, em uma casa ou naquele quarto úmido, morada anárquica da
velhice solitária, encontro-me com as toalhas sujas que secam essas
lágrimas jovens e caídas.
Longe do carnaval,
Peixoto volta pra vitória, honesto, febril e cult. Bem-vindo,
parasita da desordem, tomemos outro drinque para celebrar.
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