terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Lá como cá

Simulação do experimento realizada no interior de MG.


Parece que lá é como cá... e que macho é macho seja de qual espécie for. Dupla formada por um psicólogo e um economista de Yale resolveu ensinar macacos da espécie capuchinho noções básicas de economia usando para tanto certas quantidades de fichas de plástico ou metal por alimentos mais ou menos apreciados pelos animais.

A surpresa maior não foi por conta da facilidade dos símios em aprender conceitos mais abstratos como de "poupar hoje para aproveitar mais amanhã" mas como conseguiram se influenciar em estruturas de apostas e prostituição! Clicando na foto há mais detalhes sobre a pesquisa que mostra no fim das contas que em matéria de malandragem não estamos sozinhos afinal...

domingo, 29 de janeiro de 2012

A Lagoa Densa



O menino se jogou na lagoa escura, pardacenta. De pronto viu - se velho. O sentimento de aconchego, calor do momento, pouco a pouco tornando - se em angústia de se achar naquele opaco espelho d`água onde mal e mal se via (quanto antes se percebia). E ainda assim, nesse aguaceiro onde pouco ou nada se adivinha, maior a cada braçada a vontade de descer ao fundo disso tudo. Quanto mais ao fundo, óbvio, menos fôlego. Já sem ar e ensopado de tanto nada, o menino (agora velho ) decide ir embora. Mas pra onde, sem noçào de alto e baixo?O relógio anda só pra frente. Não se cabe outro fim pra essa história além da mais obscura das dúvidas. Não se sabe se vivo ou o que. Se sabe senão que está no lugar errado. Ok... Pois que lagoa e menino apenas se suportam na tensa espessura do invadir que dividem.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Clichê, sonho escrito


Dois meninos na rua me pediram a mão, sem dúvida, tinham algo a oferecer, sentavam-se em frente ao bar “raiva de você”, que fica na rua; foda-se sua vida. Aparentavam serem garotos que ostentavam pouca verdade nos olhos, por não serem vítimas do acaso, eram fruto do comum, serviam ao comum, toda aquela paridade , era a cidade conspirando, concretamente, para o grosso esporro de ilusão. Me pediram um Mp3 Player, pois afirmaram, que seus pais estavam utilizando o aparelho que os dera, para ouvir os escritos narrados de Baudelaire. Eu falei, foda-se, nem se fosse uma bala eu daria, vai tomar no cu, eu resmunguei.
Voltei para minha casa, vejo a vizinha vestida com a roupa da última grife italiana, com detalhes de bosta de cachorro, entre figuras de vômito infantil, estampados em seu garboso vestido decotado, ditava a estação do momento, o verão.
Andando pela praia poluída, tendo em vista que o calor de 60 graus suntuosamente resplandecendo no asfalto, presenciei uma cena chocante; pessoas comendo pombos fritos como petiscos, crianças com enormes barrigas de verme por todos os cantos, não largavam seus games por um instante. Seus pais, bebiam apenas reginoff sem gelo, pois não existia cerveja. Saíra em disparada do lugar macabro, meio alucinado, caí em um valão. Acordei.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Boas Vindas

De quantas vidas precisa para saber-te como tal?

Ora, se não é quem eu menos esperava! Quem aporta por segundos, como um beijo de partida e vai, na partida, substituir-se, pelos próximos quilômetros, por alguma coisa além de seus intempestivos talentos, como acordar muito tarde. Nas cancelas desses sonhos este é o menor dos problemas. Dispêndios de uma solidão. Soporífero e mordaz é o tempo.
Doravante serás cabra-cega na virtude do silêncio. Pois o silêncio só é sábio quando o outro também o faz.
E quando o nome te precede, quando é promessa de alguma coisa que já foi, sentes o vazio de uma vida que outrora tanto recorrias e o material não arrolha mais as falhas do seu caráter.
Me desculpe. Não sei se é raiva, não sei se é íngua. Mas o mau humor que me reveste apenas me deixa responder-te com o que sobra na sola dos meus sapatos na porta.

Só me faço intrépido no meio dessa desdita e desse monte de palavras de pouco sentido.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DIA DO FODA SE


Malandragem!
Milhares de pessoas nas ruas de Buenos Aires, comemorando o dia do FODA SE

Veja:



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Maior que eu








... e dizendo eu te amo mais que tudo , amor infindo , eterno, maior que o mar e que as estrelas, incontável nos grãos de areia. Porra, mas que ego grande o seu heim??

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tango





Dançamos, eu, você, tanto quanto atravessados em meio a cortejos intermináveis.


Sagrados corações maculados pelos pecados do Mundo, beijos traiçoeiros com sabor de vinho e massa e peixe. Num mundo de dor e cicatrizes recém mordidas, em quem confiar senão no álcool? Há aparências que enganam, por certo, mas creia que o pior cego é aquele que quer ver.


Buscamos sempre o sagrado, o místico, graals - Soma de sangue, gozo e dor. Um copo atrás do outro, as pernas se embolam. É deliciosa a sensação de estar pra sempre bêbado. Mas que não se engane nosso pequeno dançarino: Não há fígado que aguente tamanho martírio, tão perene flagelo, por doce ou picante que pareça essa dança. É que como prevê o ditado, se precisa de um par pra dançar o Tango.



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Volta, Los Hermanoooos!

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Agricultura social da mandiocada



Ansioso... sem apreciar a comida que come e a semente que brota, a vida que leva, solavancos do tempo agrícola, plantando e levando mandiocas, mas outras sementes virão, vários gomos dessa fruta surgirá, mais uma vez, consumirei o troco de deus, te olharei no canto, com queixo arrastando no peito, meio inconsistente, apático, amargando essa vitória de ser mais um.
Esse dinheiro no bolso, é melhor tê-lo.. pra que você possa viver comigo, não importa a forma de ganhá-lo ou vivê-lo, no entanto, assim poderei te apresentar pra minha família, que vai admirar o status quo que fui criada, e agora, estou a colhê-lo em você, que será sempre bonito, mesmo com barriga de cerveja.
Nobre trabalhador alfa, é só lançar sua semente para podermos fecundarmos e ter uma prole pra alegrar a casa, em vitrine, mostrar para todos essa maravilha; cuja sua melhor forma de mecanizar é amar o que vai comprar, afirma a múmia paralítica de ideias, subjuga quaisquer qualificação bibliográfica ou educação; viverá assim por todo sempre... colhendo netos com mesmo padrão bunda mole, alfabetizados pela tv, caracterizados pelo vazio; quase sempre cristais grafiti. No futuro sentira orgulho, pois serão : A dona Reef ou o Sr. Lacoste; e você... sempre se adequando a sua faixa etária comum e devida........... contudo, não aceitando envelhecer.
Em frente a essa estrada me pareço um garoto pequeno, distante; virei senhor do acaso, não penso no ser em que quer me plantar, nem no que vai frutificar, quero o terreno livre pra poder fazer de mim a escolha mais sociável e o alvo mais confortável pra deitar os meus tiros.

Livro das Estrelas


Vira essa página para mim?
Sim, essa aí; sem a acidez de Saramago
Sem a ironia de Douglas Adams
A eloquência de Victor Hugo
Ou o realismo fantástico de García Marquez.
Uma confusão de idéias, linhas, anacolutos
Troféus debaldes encarnados, vivos incipientes.
A imaturidade do gesto fulgura num papel branco
Reflete a tua escrita confusa e amedrontada
Mas fique tranquilo, respire, pense, salte, solte
O gozo que faz escrever é o mesmo da dúvida de ir embora
A tinta te queima os olhos, mas alivía o gosto de merda
E o lume das estrelas será sempre o teu porto seguro.
Sim, essa página aí, que eu já terminei de ler!
Ah é a última página?