quinta-feira, 16 de agosto de 2012

As Trepadas Que o Mundo Dá


Não saiais por fim dos sonhos tantos quando a boca gela ao beijo desconhecido

Sim, o mundo literalmente dá voltas. A teoria do caos em sua definição circular. Inaudita a palavra de quem o viveu e sabe, por seu instante, os louros que abarca. Toma pelos olhos secos as proporções do horizonte.
Por psiquê, não se reconheça por tuas façanhas, mas sim por teus pecados! Segure essa mão esquálida rente a consciência e entrelace os dedos pela garantia da incerteza. Sim, pois o que move a exatidão é o medo do fracasso. O que move o teu amor é, simplesmente, não tê-lo.
Quem dera visão ao fulgor dessa beleza?  Não te cabe o que brilha na eterna excelência do querer?
A língua é melíflua, veneno afrodisíaco que entupiu coração crente. Canhestra a forma que a volúpia contorna. No vário se vê metamorfose, a pele é metáfora do dia em cordata com a noite. É cria da própria diferença - e assim vai sendo. É pauta a qualquer melodia. É dívida paga a qualquer sorte.
E assim, sob a tutela de um abajur amarelo, percola tudo o que já se vira antes; parece a sombra não querer perder o contato, parece a luz querer saber do que acontece por alí, enquanto a carne faz a sua festa cega de desejo.
E o mundo dá voltas, mas já dera tantas que isso parece ser só vertigem.

Pretirais em virtude de teus lençóis amarrotados

Um comentário:

Unknown disse...

Diz - se que buscamos aquilo que não está aqui. Quanto às voltas do Mundo, rapaz! Eventualmente se fica tonto. Não tem muito jeito...