Voa, avae, aberta no ar
De penas vermelhas
Rubras de teu sangue
Um rubor sem vergonha
Cor de sangue e cinza
Tua filosofia de vida é vaga
Pra um mundo tão torpe
Um mar de gente egoísta
Cercado de narcisistas
Mundo de agoras, onde o tempo...
Ah, que é o tempo?
Seja lá como for, não és escrava
És senhora, Dona. Ave que trina
Os olhos fechados, pra ir mais fundo, voa!
Voa, ave, avessa ao não
Pássaro sem futuro, voa!
Voa, que teu tempo é sempre.
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