Dançamos, eu, você, tanto quanto atravessados em meio a cortejos intermináveis.
Sagrados corações maculados pelos pecados do Mundo, beijos traiçoeiros com sabor de vinho e massa e peixe. Num mundo de dor e cicatrizes recém mordidas, em quem confiar senão no álcool? Há aparências que enganam, por certo, mas creia que o pior cego é aquele que quer ver.
Buscamos sempre o sagrado, o místico, graals - Soma de sangue, gozo e dor. Um copo atrás do outro, as pernas se embolam. É deliciosa a sensação de estar pra sempre bêbado. Mas que não se engane nosso pequeno dançarino: Não há fígado que aguente tamanho martírio, tão perene flagelo, por doce ou picante que pareça essa dança. É que como prevê o ditado, se precisa de um par pra dançar o Tango.
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