Quando Zé encontrou Maria o mundo já não era tão simples, a
ordem não estava sobre a mesa e as informações eram tantas que a menção em
refletir era apenas um momento de escapar. Quanto custa estar ao seu lado,
pensa Zé; o amargo dissabor de flutuar sob holofotes das diferenças e
contrastes que os padrões podem causar. O músculo que rompe essa condição é o
mesmo que o torna motivado a tentar e testar. Zé, por vezes pego pela agonia das perdas de outrora, envolvido pelo gozo da perspectiva, a espera paciente e ingênua
da pulsante energia insurgente em suas letras, encontra o que nelas refletem o
nirvana, ressurgindo no bem estar de viver. Tomaria várias cervejas com você,
pensa Zé. Tão simples quanto o nome de ambos, paradoxal ao universo que
habitam, eis que emerge o natural e inequívoco sentimento, ambíguo como bem e mal (Nietzsche) tomando posse do homem: Amor.
Passaram-se tempos
- Quando me descobri magro, me descobri opaco, com suas formas
perdidas, seus voos desastres. Antes de começar a me repetir, começo a me
iniciar no pleonasmo, como prova de meu amor por você, como tal clichê. Quando
me via em ti, pedia o chão, pois o que mais queria era ter o reinicio
constante desta torpe paixão. Nos momentos sitiados pela incerteza, vislumbro o
porto seguro do seu coração; mas o gozo chegou ao fim. Inicio minha casa, eterno
recomeço, todos os caminhos dão no almoço e jantar; ao acordar, ao estudar e labutar.
Torto sentido de estar, tosco modo de estarem, todos partindo daqui, todos com
custo de vida, todos com peso do mar, todos perdidos sobre morte, todos revisam
a parcela da dor e pulsam regendo o pavio aceso a queimar.
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