Quem é você que
pousou por um instante aqui, como uma alma sombreando um lugar
esquecido, pouco habitado depois da morte daquela senhora, eivado de
injúrias e tratados sem conclusão. Eis que os dentes brancos,
apesar do cigarro, não perdem o poder de atrair, estavam todos eles
unidos e bem calcificados, mas será, assim como esta copa do mundo
no Brasil, um misto de sentimentos e uma onda metafísica que não
consigo deixar de gostar, ao ver todos aqueles dentes, que formam uma
bela arcada dentária, quando se postou, após o abrir das cortinas,
não consegui, apenas me rendi.
Todo o movimento
bêbado daquela menina, não entendia o possível significado
maltratado da vida em um flerte, não poderia crer que aqueles olhos
seriam muito mais vivos do que pareciam. Tendo em vista todo o
conluio mundial em torno de coisas fúteis, não acreditava que
poderia discorrer sobre a vida com aquele sorriso, imóvel, enquanto
a boca se movimenta.
Mas como tudo é
descontinuo, tudo é admirável mundo novo, por tudo, não consigo
agitar para explodir em algum lar verdadeiro e harmônico, este é o
tempo que não desejo conceber por você, indago o valor social, o
que lhe faz vivo, e não estará por entre essas frestas por onde
vejo seu âmago entreolhar-me em claustrofóbico aperto; mas passa,
passa rápido… e eu não saberei quem é você em um próximo
passo, eu passo. Com amargo deixado, não passa de uma sombra.
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