sábado, 10 de setembro de 2011

Três vezes água (460°)

Cercados de água, disformes limites, convite certo a caminhos errantes. Assim se cresce por aqui, alijados do restante do mundo, representantes primeiros de tudo quanto é último. Assim se cresce.

Sozinhos, como o resto. Limitados – pela sua geografia. Limitados – pela história sua. Limitados sobretudo por seu infinito senso de limitação- e quanto pior – o seu primitivo senso de imitação. Guiados por mensagens em garrafas que teimam em atravessar os tempos. Atrasados ecos daquilo que um dia já teve sentido, restos de naufrágio. Salgados de mar e ferrugem, ecos que soam como leais cópias de diretrizes inquestionáveis.A nós, ilhéus, nativos de um mundo perdido, nos bastam. Por isso brindamos o alheio, como oferendas que nos chegam das ressacas de além mar...

3 comentários:

Unknown disse...

Atrasado, como tudo o mais por aqui.

Lilla Mattos disse...

Vitórinha... vitórinha...

Arruda disse...

vitória ainda dança na boquinha da garrafa...