terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sobre a ausência

Direitos de imagem: Yury Aires in: Ensaio sobre a ausencia (www.flickr.com/photos/yurymaori/5971349725/in/photostream/)






O que se tem a falar quando tudo já foi dito? Absurdos. Mas afinal, do que é feita a vida?! De som? Não, não. De silêncios, de espaços (onde melhor se encaixar) e momentos (quando muitas vezes se impor é o mesmo que se deter) a se repetir.





De todas as ausências, aquela presente é a que dói mais... no toque velado de sua mão fria é que minha espinha quase congela e arde cada átomo, cada fração de tempo. É como se estar Zumbi: dotado do mágico poder da inércia.





Parece a amputada perna do "herói" de guerra que insiste em se coçar. Dói. Não devia, mas ter você aqui dói exangue e silencioso como um câncer.





Sou eu Senhor de coisa alguma, na doce liberdade de sua caverna - onde estou preso - imóvel. Sem futuro ou passado há somente a cela dos selos (sete?) feita com c'os tijolinhos amarelos desse dia que teima em nascer. É, melhor quem sabe não se abster.

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