A conta-gotas a frustração pinga nos olhos inertes. Imóveis ao terror intangível de ser. Ininteligível ao gosto acre e doce de um mesmo sorver. Pois a boca já não sela nada, nem mesmo os mais tenros beijos de adeus.
Seja no alívio etérico ou em uma recente aquisição - lacônica versão de si em concupiscência - pinga, sempre, a frustração.
Ficar e dizer, sem medo de ser infeliz. Viver tudo o que caiba numa caixinha de fósforos. O sorriso de canto de boca é a centelha dos palitos que restam. Quisera a existência estudar o caso.
Quando no altissonante impacto das novas razões com os muros da própria história, é líquido, para escorrer pelos poros dos planetas que alquebram pelo fulgor tácito. E goteja.
Então, preocupa-se com o colesterol alto, as veias anímicas, o contracheque e com o sorriso da fotografia.
E hoje, envolve o iminente. Pômulos corados, entregue ao rateio, pingado em cada olho, o que nós já sabemos.
Bola de neve para mim é sorvete!
Tweetar
3 comentários:
...e pinga! mais uma dose, garçom. Mais uma pra lavar, tal como as escadas do Bomfim, esse degraus que sobem mas só me levam ao porão de amarguras. Amarguras que vc regou, e agora crescem e florescem, me fazendo perceber que trepadeiras sao ferozes, mas crescem na direção do sol...
Joinha de "curti"!
Bola de neve é a minha piça!
Postar um comentário