terça-feira, 24 de julho de 2012

Achados...



                                                         "Bateau Lavoir" em foto de Giovanna Faustini



  As memórias se confundem. Muito pouco se sabe do que é criado, do que é merecido, concretizado ou resignação. O que há de fato concreto ou o que é mera retroespectiva. Quase impossível dizer quantas mil vezes se pode ver uma mesma coisa de modos diversos com a distinção merecida, uma vez que infinitos são os olhares passíveis de se emprestar.

  A dúvida é o quanto há de seu na cidade, traduzido em cantos, igrejas, mercados e almas. Essência pormenorizada de espaço inserido no tempo (razão sem propósito) a ebulir por cada pedra, poros da pequena ilha que é cada uma de nós. 


   Verbos participam (sem saber) dessa oração, mantra em zumbido intermitente a que já não se pode dispensar mais atenção. Engraçado notar, mas quanto mais banalidade mais parece se velar o homem.

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