sábado, 13 de outubro de 2012

Tempos modernos


Confusion that never stops / closing wals and ticking clocks


  Sobe o fio de fumaça que é denúncia daquilo que esteve, não mais. Leve como o vento que sopra e mais ainda, como as nebulosas marcadas contra a estática tela escura. Longe passam secos automóveis como ondas, feito doppler, distantes que estão da praia, enquanto aqui nessa selva em particular a chuva cai desavisada e cheia de preguiça.

   Tudo parece ignorar a pressa que é sinal de nosso tempo. Não se respira mais como antes. Sobra  o que é cinza, final anunciado de tanta combustão-trabalho e tal. Relva úmida, leito de orvalho, leite morno. Sentido pro que se sente é busca vã. Filosofia, que seja material de modelar a massa; poesia, matéria que se viva. Afinal, fazer poesia é enxergar através das palavras.


Hush. No Rush.

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