sexta-feira, 22 de julho de 2011

Felicidade









A felicidade não é aquela que você insiste em mostrar nas redes sociais, com sorrisos fabricados para qualquer clique ou angulação de lentes. Viu?
A felicidade é íntima e pessoal. Ela é egoísta e não precisa de anúncio.
Te queima na chama do absurdo e vive apenas por teu sorriso.
Vã necessidade essa a tua que caminha de mãos dadas com o fracasso e o contentamento da coletividade das incertezas.
Vis espelhos que torturam verdades no velho e conhecido mercado da satisfação.
Um falso sentimento misturado a inveja alheia, no turbilhão de contratos sociais, na ordem que reprime, o autêntico, com liberdades controladas pela moeda.
Compre-a nas prateleiras do estabelecimento mais próximo; e brinde-a, trajado de vaidade, na bola de neve do orgulho, rolando, ao encontro de abismos. (Viva a felicidade!)
Na ditadura dos padrões, isso se encaixa como luva.
E a mentira é contada mil vezes.
Continue a roer as beiradas dos seus sonhos que serás tão cego, a ponto de não saber, quando, ela, a legítima felicidade, bater à sua porta.

E não! não sou contra a mentira. Sou, apenas, contra quem mente para si mesmo.
Esses são os que sabem de nada.
Os mais capazes de mentir, parafraseando Sócrates, são os que mais conhecem a verdade.
E a verdade, meu caro, é tua; redentora, mortal.

Um comentário:

Anônimo disse...

gostei