domingo, 25 de março de 2012

Clarear





Tudo que escrevi pra ti morre agora no tumulo fresco da caricata juventude pueril, pingada em avisos de um velho, que sou, permeados pela alma de um sonho, uma vida, da qual só resta a vergonha maltratada pela tristeza de te ver sozinha, crua.
Timidez de um sorriso, felicidade impregnada em falso rancor, morte de um olhar amante, bobeira pra quem vê em dinheiro felicidade, em trabalho um abrigo. Preceito divino, matar pra viver, raiva sim, por amar tanto.

Te transformo, como um artesão, ódio em paixão, aos seus olhos languidos, meço sua dor, mas tú não enxergas em minha raiva o meu amor.

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