Tudo que escrevi pra ti
morre agora no tumulo fresco da caricata juventude pueril, pingada em
avisos de um velho, que sou, permeados pela alma de um sonho, uma
vida, da qual só resta a vergonha maltratada pela tristeza de te ver
sozinha, crua.
Timidez de um sorriso,
felicidade impregnada em falso rancor, morte de um olhar amante,
bobeira pra quem vê em dinheiro felicidade, em trabalho um abrigo.
Preceito divino, matar pra viver, raiva sim, por amar tanto.
Te transformo, como um
artesão, ódio em paixão, aos seus olhos languidos, meço sua dor,
mas tú não enxergas em minha raiva o meu amor.
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