quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Olá coxas de bela donzela! (ou monólogo poético de um último romântico)






  Olá belas coxas de jovem donzela! Nossa! Há quanto tempo! Como vocês cresceram! Tão durinhas, pero sin perder la ternura... Por onde andaram? Onde estiveram vocês, então tão branquinhas, que hoje  me aparecem tão moreninhas e queimadas de Sol! 

  Vocês tão roliças, sempre tão doces, mesmo quando salgadinhas dos calores vespertinos que escorrem sem pressa... Coxas nuas, tão carentes dos carinhos meus, tão vistosas e muito cobiçosas. Coxas de luxúria, Blancos muslos de ayer que palpitações profanas me trazem na circulação. 

 Há tempos não via suas graças rotundas e, quando cantos noturnos lhes rendo, são esses de core. Lembrança apenas de meus dedos passeando onde nenhum homem jamais ousara (e onde eu mesmo não alcancei ainda na minha triste e hirsuta vigília).   Mas eis que me dão as costas em fingido sinal de desprezo. Oh, Lindas coxas!

  Que passa convosco? Porque tão concisas, fechadas, ora? Sejam mais maleáveis, por piedade. Ou antes não. Continuem assim, moreninhas e carnudas, firmes de tudo que sigo de tudo um seu asceta, ainda que de mim andem tão longe. Continuo esperando vossa volta, ansioso e obstinado, as espero em pé. É. Pensando melhor, espero sentado. 




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