quarta-feira, 11 de maio de 2011

Soneto Rapidinho


Onde vais, criatura?
Assustado alvo vulto
Cada instante mais fundo
Em teu plano de fuga

A correr dos ponteiros
Que arrastando engrenagens
Te consomem aos segundos
Tua eternidade

Hesitante atropelas
Com tuas patas tão curtas
Tua tão cara meta


Indeciso, não enxerga
Mas o tempo bandido
Pode ser teu amigo

4 comentários:

Victor Coelho disse...

Estou atrasado! Estou atrasado!

Laisa disse...

The soneto is gorgeous

Seu Arruda Felipe disse...

agulha vagarosamente adentra tua carne : cacete de agulha!

Mademoiselle dans les nuages disse...

Tic-tac, tic-tac...