O jovem Alpatico
ansiava por inventar novos rumos, outro futuro, pequenas portas lhe
esperavam, mesmo assim ele reagiu, começou com atitudes invariáveis
no tempo. Sentado na janela, a contento, pensando no desdobramento
perfeito, quieto, não sabia, aquele seria o passo para o invento.
Tratou de observar os tratores barrentos que adulteravam estradas e
monumentos não oficializados, observou os arredores intrincados, com
aparência velha e caída; toda bela arquitetura era largada. Depois
de um cigarro, entrou em contato com a energia que restava, visto que
auto conversalhava-se, pois precisara de um motivo para não perder
o foco, este era seu último cartucho para o nascimento de uma nova
vida, sem passar pelo setor inseridor de rótulos eminentes.
Sobrevoou o vulcão, quebrou canos, fisgou peixes, abriu buracos,
viajou o mundo, cagou na laje, sobrecarregou o próprio fígado,
perdeu dinheiro, gastou a retina e recebeu novas missões. No
entanto, com 24 anos, pediu para ser sacrificado, descabeçado mesmo.
O outro amargo observa ,que a cada dia que passa, Alpatico se parece
mais com aquela arquitetura morta, velha e caída; que os tratores
passam, respingando barro em suas caras em uma inércia sem fim,
contudo, inserido no mundo ordeiro, eis o cordeiro.
Sinto o suspiro fático
das vias vidas sofridas, ao par, em tantos momentos de sofismo, pouco
desespero.
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