" Fervor, tremor e outros souvenires"
O jeito solto não combina mais com ele, aquela ânsia de sempre colocar a
escova perto da pasta soava como um TOC.
Quando estavam longe era foda, era o mesmo pavor que sentia em momentos
de insegurança em um lugar estranho e barulhento. Por via das dúvidas, sempre colocará o
celular em estado de alerta permanente, pois sabia que com o enviar de
mensagens sua dor era amenizada, suas células respiravam; era como um analgésico
potente, algo como morfina, ou aquela dose que deixa a boca dormente, com
lábios caídos e insensíveis, pronto pra ser obturado.
A culpa que sentia era tamanha,
que o homer (hombre) não conseguia mais grudar o ânus quieto em uma cadeira, a mesa de bar era como um câncer maligno que separava os seus pezinhos grudadinhos com de sua
amada.
Como classe dominante, detentora dos meios de produção, esfinge da produção econômica, rica em proteína. Em seu (in)verso encontra-se o proletariado, pastoso, serviente. Culpado por escola e religião. Maltratado e submisso, no entanto, imensamente criativo e multicultural.
No conluio desta tendência, pega
carona a incoerência coexistente de viver e sobreviver, vivendo o sol, convivendo
por essas chuvas, transmutando, perdurando, irritando, destruindo e construindo
tudo de novo.
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