terça-feira, 25 de outubro de 2011

Circus


Corro, na ciência da circularidade do percurso!

Concorda sempre porque (a)corda bamba, trapézio, se deteriora. Espetáculo para ninguém ver. Despojos de uma loucura infinita. Fazemo-nos de negação na lona da mentira. É palhaço em chamas numa platéia às gargalhadas. É o malabarista que deixa as lâminas caírem em seu número. A danação do domador de feras, visto sorte, que se encontra acuado num canto da jaula. A morte no globo da morte.
Nos vemos assim, sem expectativas de outros caminhos, sem sombras, brios. A um passo do fim da prancha.

A tentativa é falha desde que você abriu os olhos!

São corpúsculos de necessidades que penetram as narinas vermelhas. É a derme cálida de nossa tez acesa. É o ébrio que aplaude a nossa circense ilusão.
Tudo que fora, de fora a fora, em dimensão, em ganho, se choca com outra coisa que não sei o quê. Que faz diluída a poesia, que consome em ironia a proposição.

E a saída é logo alí!?

Arquibancada vazia, desmonta-se para partir e ser galhofa em outro lugar.
Mas é sempre a mesma audiência, mesma trupe, mesmo roupa, mesmo medo, mesmo tesão. Outra alegria, outra dor, outrossim, outro não.

E ainda dizem que os concordantes não se dispoem!

3 comentários:

Unknown disse...

Grupinho de merda chupando a abelha e jogando fora o mel

Uriel Juliatti disse...

Victor, sempre genial. (in)delicadas palavras para quem vê ou sente e dependendo da perspectiva, até mesmo para quem se ofende.

Anônimo disse...

irado