segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mikania glomerata

Privo-te de tua essência, pois da morte eu seria se não me saísse do peito.

O que andam pensando de mim? Eu não posso ser isso o tempo todo!
Acamado em minha sina, abraço as intenções como remédio, a cura da minha, da tua dor; a jura de amor às pressas, o olho da rua, a casa do portão. Os atos edificados pelas palavras do coração.
Caí duas vezes na mesma armadilha e a terceira urge na boca do gato em cima do muro da solidão. E olha que contei até três para saber se tinha alguma saída; se a ponte vê o rio que corre, se a chuva sabe amar a quem molha. É, parece que tem tanta humanidade no desumano que a palavra deveria deixar de ser pejorativa.
Se sabe bem, a invenção quando criada já não é própria quando se cria. Tem forma na consciência alheia por tabela, sendo aquilo e aquilo outro, dependendo do que se patenteia. Teus olhos não possuem as mesmas minúcias, logo, os meus motivos não terão qualquer sentido para você. E eles grudam, sabe? como trepadeira usando a força de outro ser para se sentir sã. É como um blues que em baixa frequência vem repercutir seu grito.
Por fim, de mim, o maldito; bêtise por quem toma a relação como mito e vê teu senso assimilado ao caos e teu zelo tão frio quanto esta caneta que uso para escrever.
Acho que você é a ponte que não vê o rio. Ou será a chuva que nunca amou?

Assim, desse jeito, eu respiro e te escarro a ilusão do momento.


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