sábado, 12 de maio de 2012

O Norte da Lua


Há tempos não sabia o que era estar em casa. Esse zumbido, os cachorros latindo lânguidos e preguiçosos noite adentro, apenas fitando o vazio.

Parece até que a noite me pertence, ou será o contrário? Nem sei. Essa lua, essa cerveja...
Essa camisa não é minha. Essa camisa é a sua? Essa bandeira mal desfraldada, esse estandarte roto e puído?

Acontece é que lido sempre com o que é provável, por mais descabido que possa parecer. Sente isso, amor? Apenas se cale. Você é tão bonita!

Fauvismos a parte, todos sabemos: Mulheres que calam sabem de cor as tragédias que invocam.

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